AVALIAÇÃO DOS PARAMÊTROS HEMATOLÓGICOS EM PACIENTES IGM POSITIVOS PARA DENV-3 ESPECÍFICO, NO PERÍODO DE ABRIL DE 2006 A MAIO DE 2007, NO MUNICÍPIO DE PAINEIRAS-MG.

Lílian Noronha Sousa Costa (FASF/UNISa); Nívia Cristine Cunha (FASF/UNISa)

O dinâmico e contínuo processo de seleção adaptativa para sobrevivência das espécies, que ocorre diariamente na natureza conglomera importantes fenômenos que interferem no estado de saúde da espécie humana. Tal fato pode ser evidenciado na força da re-emergência das infecções causadas pelos vírus da dengue. As agressões dos quatro sorotipos desses agentes à espécie humana vêm crescendo em magnitude e extensão geográfica, em detrimento da velocidade de circulação e replicação viral. O hemograma constitui um importante método clínico laboratorial de auxílio diagnóstico para doenças hematológicas e sistêmicas. Ele orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Por fim através de avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas. O método de hemograma por mensuração da impedância está baseada na mudança da resistência elétrica através de uma abertura, quando uma partícula no líquido condutor passa através desta. Esse processo é usado primariamente no laboratório de hematologia para enumerar leucócitos, eritrócitos e plaquetas. Esses instrumentos automatizados oferecem alta sensibilidade e precisão na quantificação das células sanguíneas, bem como na contagem de diferencial de leucócitos. Mas apesar dessa tecnologia propiciar resultados confiáveis e análises de alta qualidade, tais aparelhos não são capazes de identificar muitas alterações hematológicas, que podem ser clinicamente significativas ou biologicamente relevantes. Com o objetivo de comparar parâmetros hematológicos realizados em impedância elétrica foram analisados os hemogramas de 31 pacientes com anticorpos IgM positivos para dengue, sorotipo DENV3 específico, por três períodos de coleta que tiveram material biológico colhido entre Abril de 2006 a Maio de 2007 na unidade do Laboratório "Emídio Pereira da Silva" e enviadas ao laboratório "São Judas Tadeu" no município de Paineiras, Minas Gerais. De acordo com os dados obtidos observou-se leucocitose e leucopenia, neutrofilia, basofilia e linfocitopenia. Como dados relevantes no diagnóstico clínico de dengue a trombocitopenia acompanhada de neutropenia, a linfocitose podendo estar associada à eosinofilia e a monocitose. Como achado insólito e preocupante a monocitopenia.