DETECÇÃO DO GENE BLA_SPM-1 EM AMOSTRAS CLÍNICAS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS DE HOSPITAIS DE MACEIÓ, ALAGOAS

Karina Cavalcante Beltrão de Castro (UFAL); Alice Ramos Orsi (UFAL); Emmily Margate Lima Rodrigues de Barros (UFAL); Viviane Martha Santos de Morais (UFAL); Zenaldo Porfírio (UFAL); Denise Wanderlei Silva (UFAL)

Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista associado a infecções nosocomiais, acometendo principalmente o trato respiratório e urinário de pacientes imunocomprometidos. Um dos mecanismos mais importantes de resistência bacteriana é a produção de metalo-β-lactamases (MβLs), que degradam a maioria dos β-lactâmicos. Dentre os genes que conferem resistência em P. aeruginosa, o gene bla_SPM-1 é o mais prevalente no Brasil e merece destaque pela sua transmissão horizontal, devido a sua origem plasmidial. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivos detectar o gene bla_SPM-1 através da reação da cadeia de polimerase (PCR) e avaliar o perfil de sensibilidade frente a antimicrobianos. Foram analisadas 85 cepas obtidas em hospitais de Maceió-AL, cuja identificação foi realizada através de testes bioquímicos e tintoriais de rotina laboratorial. A sensibilidade aos antimicrobianos foi avaliada através do teste de disco-difusão, sendo as amostras resistentes a duas ou mais classes de antimicrobianos classificadas como multirresistentes. Para a pesquisa do gene bla_SPM-1 foram utilizados os primers SPM-1 F(5’-CCTACAATCTAACGGCGACC-3’) e R (5’-TCGCCGTGTCCAGGTATAAC-3’), que amplificam um fragmento de aproximadamente 650pb. As amostras foram obtidas de diversos espécimes clínicos, sendo as mais prevalentes observadas em trato geniturinário (30,6%), seguida de trato respiratório (29,4%), secreção de ferida (25,9%) e sangue (5,9%). Foram detectadas 49 cepas multirresistentes, dentre estas, 59,2% apresentaram perfil de resistência aos carbapenens. O gene bla_SPM-1  esteve presente em 15,3% das amostras avaliadas pelo método molecular, sendo este o primeiro relato de Pseudomonas aeruginosa produtora de SPM-1 em Hospitais de Maceió, o que reforça dados epidemiológicos sobre a maior prevalência da enzima em isolados da bactéria no Brasil.