MONITORAMENTO DE FUNGOS FILAMENTOSOS DO AR ANTES E APÓS A LIMPEZA NOS AMBIENTES DA UTI-NEONATAL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MACEIÓ, AL.

Aryanna Kelly Pinheiro Souza (UFAL); Maria Anilda dos Santos Araújo (UFAL); Krystianelly Patricia Pedrosa Santa Rita (UFAL); Marília Gracelidia dos Santos Barros (UFAL); Luana Luana Luzia Santos Pires (UFAL); Eurípedes Alves da Silva Filho (UFAL)

A presença de fungos no ar é um tema de grande importância na área de saúde por serem agentes oportunistas em infecções hospitalares, sendo uma preocupação constante daqueles que controlam os aspectos microbiológicos, profiláticos e terapêuticos das referidas infecções. Com o objetivo de monitorar e conhecer as espécies de fungos filamentosos presentes no ar antes e após a realização da limpeza dos dois ambientes (A e B) da UTI- neonatal do Hospital Universitário de Maceió-AL, foram realizadas coletas das amostras do ar utilizando a técnica de sedimentação passiva. Placas de Petri contendo o meio de cultura agar Sabouraud acrescido de 50 mg/L de cloranfenicol foram abertas durante 20 minutos a altura de 1, 20 cm do solo tanto antes quanto após a realização da limpeza da UTI - neonatal. Foram isoladas 1.209 Unidades Formadoras de Colônias (UFC), sendo 675 (55,8%) UFC antes e 534 (44,2%) UFC após a limpeza. Do ambiente A, foram isoladas 697 UFC, sendo 372 (53,4%) UFC antes e 325 (46,6%) UCF após a limpeza. Do ambiente B foram obtidas 512 UFC com 303 (59,2%) UFC isoladas antes e 209 (40,8%) UFC após a limpeza. Foram identificadas 41 espécies distribuídas em 23 gêneros. Entre as espécies com maior frequência estão: Cladosporium cladosporioides com 186 (15,4%) UFC, Penicillium aurantigriseum com 132 (11,0%) UFC e Aspergillus oryzae com 113 (9,3%) UFC. Avaliando as espécies de Cadosporium, Penicillium e Aspergillus isoladas antes e após a limpeza pode-se verificar que houve uma redução significativa (p≤0,05) do número de UFC com relação às espécies de Cladosporium, entretanto as espécies de Penicillium e Aspergillus obtiveram um aumento significativo, justificado pela alta esporulação e a maneira incorreta de realizar a limpeza que resuspende os esporos fúngicos no ar do ambiente. De acordo com a literatura especializada verificou-se que das 41 espécies encontradas, 27 (65,8%) são considerados patogênicos, 9 (21,9%) não patogênicos, 4 (9,8%) alergizante e 1 (2,5%) toxicogêncios. O monitoramento da microbiota fúngica do ar do ambiente da UTI - neonatal demonstrou a presença de diferentes espécies de fungos tanto antes quanto após a limpeza, capazes de causar infecções nos recém-nascidos que ocupam esse ambiente.