AVALIAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE FATIADORES DE FRIOS EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DO DS IV - RECIFE-PE

Tereza de Fatima Souto Maior Sales (PCR); Albania Maria Claudino de Oliveira (PCR); Dione da Silva Fragoso (PCR); Marluce Batista dos Santos (PCR); Venusia Bernardo da Silva (PCR); Jose Evaristo Neto (PCR)

As infecções e intoxicações alimentares são muitas vezes decorrentes da falta de conhecimento em Boas Práticas de Fabricação, muitos estabelecimentos que trabalham com produção, preparação, armazenamento e comercialização de alimentos não estão cumprindo as normas exigidas. A qualidade da matéria prima, os cuidados com os equipamentos e utensílios na preparação exercem papel fundamental na prevenção das doenças de origem alimentar. Dentre os utensílios classificados como sendo de alto risco de causar toxinfecções alimentares encontram-se os fatiadores de frios, que entram em contato direto com os alimentos, desde a recepção da matéria prima até a sua distribuição. A Vigilância Sanitária do Recife vem orientando os estabelecimentos quanto aos cuidados com a higienização dos fatiadores de frios  e alertando, principalmente, para o uso de equipamentos separados na laminação de queijos e embutidos, a fim de evitar os riscos de contaminação cruzada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as condições higiênico sanitárias de equipamentos tipo fatiadoes ou laminadores de frios, através da presença de micro-organismos indicadores e patogênicos. Foram coletadas 25 amostras de material de superfície de fatiadores de frios, em estabelecimentos comerciais situados no Distrito Sanitário IV, utilizando-se a técnica de swabs estéreis embebidos em água peptonada tamponada. Pesquisou-se a presença de Coliformes termotolerantes, Staphylococcus coagulase positiva, Pseudomonas spp., Clostridio sulfito redutor e Listeria spp., segundo método descrito no APHA (2001). Das 25 amostras analisadas 32% (8/25) apresentaram  micro-organismos patogênicos e/ou indicadores, sendo 20% (05/25) positivas para Coliformes termotolerantes (E. coli) e 5 % (3/25) para Staphylococcus coagulase positiva. A presença de Staphylococcus coagulase positiva nesse tipo de equipamento pode acarretar em contaminação nos produtos a serem consumidos, indicando falha na higienização, um dos fatores concorrentes para aumentar o risco de toxinfecção alimentar. A limpeza e desinfecção de superfícies que entram em contato com os alimentos  e o ambiente, auxiliam no controle microbiológico, se realizadas com eficácia  e no momento apropriado, proporcionando a eliminação ou o um controle desejável da população microbiana. Os resultados obtidos demonstraram que as condições higiênico-sanitárias de 32% dos equipamentos analisados encontravam-se inadequadas, estando contaminados por micro-organismos potencialmente capazes de causar doenças de origem alimentar, sendo nescessária à continuidade dos trabalhos de monitoramento nos estabelecimentos comerciais com a finalidade de exigir uma prática constante de higienização e sanitização, minimizando riscos e garantindo a saúde do consumidor.