25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:13-1


Área: Genética e Biologia Molecular ( Divisão N )

ANÁLISE DO PERFIL PLASMIDIAL DE BACTÉRIAS PRODUTORAS DE SUBSTÂNCIAS ANTIBACTERIANAS ISOLADAS DE ESPONJAS MARINHAS

Cleyton Lage Andrade (IMPPG); Marinella Silva Laport (IMPPG); Olinda Cabral da Silva Santos (IMPPG); Márcia Giambiagi de Marval (IMPPG); Paula Veronesi Marinho Pontes (IMPPG); Guilherme Ramos da Silva Muricy (MN)

Resumo

O uso extensivo de antimicrobianos acelera o surgimento de bactérias resistentes e por isso vem se fortalecendo a busca por produtos com atividade antimicrobiana. Vários estudos sugerem que as bactérias associadas às esponjas poderiam ser as verdadeiras fontes de alguns compostos bioativos relacionados às esponjas. Sendo assim, o uso dessas bactérias seria vantajoso, pois elas produzem rapidamente uma grande quantidade de biomassa e ao demonstrar que a substância antimicrobiana é codificada por DNA plasmidial, surge a possibilidade de expressá-la de forma heteróloga. Assim, os compostos bioativos poderiam ser produzidos em larga escala sem a necessidade da coleta constante e cultivo das esponjas. O nosso grupo vem isolando e caracterizando bactérias com atividade antibacteriana a partir de esponjas do litoral do Rio de Janeiro. Portanto, esse estudo se propõe a analisar o perfil de plasmídeos em bactérias com atividade antibacteriana isoladas de esponjas marinhas. De um total de 168 bactérias isoladas, 12 estirpes demonstraram atividade inibitória sobre bactérias de importância médica. As esponjas das quais foram obtidas as estirpes bacterianas foram Clathrina aurea, Dragmacidon reticulatus, Haliclona sp., Mycale microsigmatosa, Paraleucilla magna e Petromica citrina. As bactérias isoladas foram estocadas e crescidas em BHI ou Marine. As extrações do DNA plasmidial foram realizadas e os dados observados em gel de agarose 0,8%, visualizados em um aparelho transiluminador de luz UV e a imagem registrada. Dentre as 12 estirpes analisadas, 4 possuem plasmídeos: Dr31 (tamanho entre 10,4 e 8,0 kb); H41 (tamanho maior que 27 kb); Pc31 e Pc32 possuem pelo menos um plasmídeo cada (tamanhos entre 10,4 e 8,0 kb) e Mm33 possui pelo menos dois plasmídeos (um com 4,4 kb e o outro com tamanho entre 4,4 e 8,0 kb). Estas estirpes foram submetidas à experimentos de cura por elevação da temperatura (passagens sucessivas da cultura a 43ºC). Os perfis plasmidiais foram reavaliados, assim como a atividade antibacteriana. Os resultado preliminares mostram que as estirpes Pc32 e Dr31 apresentaram atividade antibacteriana e a mesma forma plasmidial foi observada quando comparada à cultura mãe. Como não houve perda do plasmídeo, não se pôde relacionar a atividade antibacteriana com a presença do plasmídeo.

Apoio financeiro: FAPERJ


Palavras-chave:  ANTIBACTERIANOS, BACTÉRIAS ASSOCIADAS, CURA, PLASMÍDEO, RESISTÊNCIA