XXI ALAM
Resumo:1820-2


Poster (Painel)
1820-2INVESTIGAÇÃO DA PRESENÇA DE Staphylococcus aureus RESISTENTES A METICILINA (MRSA) EM ALIMENTOS CÁRNEOS CRÚS DESTINADOS AO PREPARO DE DIETAS EM HOSPITAIS PÚBLICOS DE SALVADOR – BA
Autores:Wellington Luis Reis Costa (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Jeane Ferreira Costa (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Joelza Silva Carvalho (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Ellayne Souza Cerqueira (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Lucimara Cardoso Oliveira (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Rogeria Comastri de Castro Almeida (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Resumo

INTRODUÇÃO A espécie Staphylococcus aureus é um patógeno comumente associada a doenças hospitalares, sendo considerado um grande problema de saúde pública. Recentemente tem sido relatado o isolamento de cepas de S. aureus resistentes a meticilina (MRSA) em vários alimentos de origem animal. Essa resistência é mediada pela presença do gene mec A, que codifica a proteína PBP2a que se encontra na parede celular do microrganismo. O interesse por hospitais associados a infecções por MRSA e comunidades com infecções causadas por MRSA vem aumentando nos últimos anos. As refeições preparadas nessas instituições devem receber uma atenção especial, porque os alimentos são destinados a pacientes internados, uma população com alto risco para desenvolvimento de várias doenças. O presente trabalho teve como objetivo investigar a presença de MRSA em produtos de origem animal destinados ao preparo de dietas hospitalares. MATERIAL E MÉTODOS Foram colhidas 112 amostras de carnes cruas destinadas ao preparo de dietas em 10 hospitais públicos de Salvador-BA, constituindo-se de carne bovina, frango, suína e peixe. Para o isolamento de MRSA foram utilizadas duas etapas de enriquecimento, seguidas de plaqueamento direto na superfície do meio MRSA-ID. Colônias características foram confirmadas utilizando o teste de aglutinação com o reativo SLIDEX-MRSA. RESULTADO E DISCUSSÃO Das 112 amostras colhidas, 28,6% apresentaram resultado positivo para MRSA. Considerando cada alimento cárneo, os percentuais de amostras positivas foram: carne bovina, 23,3%, carne de frango, 23,3%, carne suína, 37,5% e peixe, 30,0%. Dados da literatura corroboram com esses resultados, demonstrando a necessidade de melhor controle na seleção de fornecedores de produtos cárneos crus, alertando-os contra o uso indiscriminado de antibióticos na recuperação da saúde animal. CONCLUSÃO A contaminação de alimentos cárneos utilizados no preparo de dietas em hospitais públicos de Salvador-BA por MRSA é um dado preocupante. É necessário alertar aos órgãos de saúde pública e de controle de infecção hospitalar sobre a necessidade de intervenção, no sentido de reforçar as políticas de controle do uso de antimicrobianos, e adoção das Boas Práticas de Preparação de Alimentos nestes hospitais, para evitar que o patógeno venha a infectar os pacientes através dos alimentos.


Palavras-chave:  Alimentos cárneos, Infecção hospitalar, Resistência antimicrobiana, MRSA