XXI ALAM
Resumo:1817-1


Poster (Painel)
1817-1Prevalência de Infecções urinárias em pacientes submetidos à transplante renal em um Hospital Terciário do Estado de São Paulo
Autores:Milena Polotto (IBILCE-UNESP - Universidade Estadual Paulista-Campus São José do Rio Preto / HB - Hospital de Base de São José do Rio Preto) ; Maria Gabriela de Lucca (HB - Hospital de Base de São José do Rio Preto) ; Mauricio Lacerda Nogueira (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto / HB - Hospital de Base de São José do Rio Preto) ; Margarete Teresa Gottardo de Almeida (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Mara Correa Lelles Nogueira (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto / HB - Hospital de Base de São José do Rio Preto)

Resumo

A insuficiência renal crônica é a perda gradual e irreversível da função renal e, na fase terminal da doença, a terapia renal substitutiva ou o transplante renal tornam-se necessários. Entre as causas de insuficiência renal crônica destacam-se a glomerulonefrite crônica, amiloidose renal, doença policística renal e pielonefrite crônica. O primeiro transplante renal no homem foi realizado em 1933, porém, devido à rejeição, o enxerto não funcionou. Assim, esquemas de terapia imunossupressora foram desenvolvidos visando à prevenção da rejeição, e atualmente, a utilização de drogas imunossupressoras modernas tais como o tacrolimus e a ciclosporina permite a diminuição das rejeições e o aumento da vida média do enxerto transplantado. A supressão imunológica dos pacientes gera uma condição predisponente para o desenvolvimento de infecções, sendo as infecções do trato urinário (ITU) muito frequentes entre transplantados renais. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de ITU e seus principais agentes etiológicos isolados de uroculturas de pacientes transplantados em um hospital terciário do Estado de São Paulo. Foram coletados dados de uroculturas de 31 pacientes submetidos a transplante renal no Hospital de Base de São José do Rio Preto de outubro de 2011 a fevereiro de 2012. A ocorrência de ITU foi identificada em 12/31 (38,7%) pacientes, havendo recorrência em 7/12 (58,3%) pacientes. Houve diversidade de agentes etiológicos responsáveis pelas ITU, os micro-organismos mais isolados foram Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis ambos com freqüência de 19%, seguidos de Escherichia coli, Enterobacter aerogenes e E. faecalis, com 12,5% cada. Outras espécies isoladas foram Serratia sp, Acinetobacter calcoaceticus e Pseudomonas aeruginosa. Em relação ao perfil de resistência, cepas de K. pneumoniae (66%) e de E.coli (100%) apresentaram resultado positivo no teste fenotípico para a produção de beta-lactamases de espectro-estendido (ESBL). O presente estudo, mesmo constituído de pequena amostra de pacientes, mostrou que a prevalência de ITU em pacientes transplantados é alta e o isolamento de cepas produtoras de beta-lactamases é preocupante, sendo importante a adoção de medidas de prevenção de infecções pós-transplante como administração de terapia profilática, acompanhamento médico e modificações comportamentais.


Palavras-chave:  Infecção urinária, Transplante, Prevalência