Resumo

BACTEREMIAS POR ENTEROCOCOS RESISTENTES A VANCOMICINA. Goes, M.S; Miranda,M.A.R.B.; Oliveira,T.T.; Decoussau,W.M.;Decoussau,D.J. INTRODUÇÂO: O enterococo resistente à vancomicina é atualmente um dos principais patógenos envolvidos em infecções nosocomiais. O E. faecalis tem apresentado maior incidência nos hospitais do Brasil em relação ao E. faecium e ambos estão associados a bacteremias em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. OBJETIVO: Determinar a freqüência bacteremias por enterococos resistente à vancomicina . MÉTODOS: Foram analisadas 11.219 hemoculturas durante o período de junho de 2009 à maio de 2011 coletadas em UTIs de 7 hospitais da cidade de São Paulo. Das amostras analisadas 2.137 foram positivas para diferentes microrganismos, sendo que enterococos foram isolados em 158 amostras. No estudo foi incluído apenas um isolado de hemocultivo de cada paciente. As hemoculturas foram monitoradas pelo sistema automatizado de hemoculturas – BACT/ALERT® ( Biomerieux, França) durante até 5 dias. As cepas isoladas foram identificadas, assim como a determinação da sensibilidade, pelo VITEK 2® ( Biomerieux, França). RESULTADOS: O isolamento de enterococos correspondeu a 7,39% dos isolados positivos ( 158/2.137). O isolamento de enterococos sensíveis a vancomicina correspondeu à 54% dos enterococos isolados ( 86/158) e os enterococos resistentes a vancomicina corresponderam a 45,6% ( 72/158). Dos VRE isolados Enterococcus faecalis representou 61% (44/72) e o Enterococcus faecium 39% ( 28/72). CONCLUSÃO: Verificou-se no estudo apresentado a alta incidência de Enterococcus faecium entre as cepas de VRE isolados, merecendo preocupação dos SCIH dos hospitais, já que o mesmo apresenta um perfil de resistência aos antimicrobianos mais amplo quando comparado ao Enterococcus faecalis.