XXI ALAM
Resumo:1704-1


Poster (Painel)
1704-1Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) isoladas de hortaliças e frangos de corte: análise genotipica e fenotipica
Autores:Robert Alvin Bernedo Navarro (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Mayara Mayele Miyachiro (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Rogério Arcuri Conceição (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Natália Gaudi Quel (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Luiz Henrique Soares Tibo (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Tomomasa Yano (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

Escherichia coli Shigatoxigênica (STEC) é um patógeno causador de infecções e alterações sistêmicas severas em humanos, tais como síndrome urêmica hemolítica e inclusive a morte. A adesão bacteriana de STEC é um passo essencial para o estabelecimento da infecção por este patógeno. Nós analisamos 153 E. coli isoladas de hortaliças (43 amostras), frangos com celulite aviária (60 amostras) e frangos com síndrome de cabeça inchada(SCI) (50 amostras), para a detecção do gene que codifica a produção de Stx (stx1 e stx2), através da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Nossos resultados mostraram que 43 (28,10%) do total foi portadora dos genes stx1 e/ou stx2. Observou-se que 20,9% das E. coli isoladas de hortaliças, assim como 30% das amostras isoladas de frangos com celulite e 32% das E. coli isoladas de frangos com SCI foram portadoras desses genes. O genotipo mais frequente foi stx1+/stx2+ (53,48%). Nas amostras stx+ foi analisada a presença de genes envolvidos na virulência e adesão bacteriana (hlyA, fimH, toxB, saa, spfA, lpfA O157 OI-141, lpfA O157 OI-154) assim como a presença do locus LEE (cesT/eae, espB). Todas as amostras de frangos foram LEE-, deste modo as STEC apresentaram os seguinte genotipos stx1+/stx2+/LEE- (46,51%), stx1+/stx2-/LEE- (32,56%) e stx1+/stx2/LEE+ (20,93%). No ensaio de citotoxicidade em células Vero (rim de macaco verde africano) foi observado que 100% das amostras stx1+/stx2- ou stx1+/stx2+ produziram efeito citotóxico similar ao produzido por E. coli O157:H7 (stx1+, stx2+). Não foram encontradas STEC stx1-/stx2+. Os resultados da adesão bacteriana relativa mediante MTT mostraram que as STEC isoladas de hortaliças aderiram mais fortemente em células HUVEC do que em células Vero, enquanto que as amostras isoladas de frangos com celulite não aderiram ou aderiram menos em células HUVEC, no entanto as amostras isoladas de frangos com síndrome de cabeça inchada aderiram fortemente em ambas linhagens. Por outro lado, o ensaio de adesão mediante microscopia de fluorescência confirmou a adesão bacteriana das STEC estudadas e evidenciou o efeito citotóxico em células Vero e HUVEC durante o processo de adesão. Nossos dados mostram a presença de cepas STEC com potencial patogênico e zoonótico presentes em hortaliças e frangos de corte.


Palavras-chave:  Adesão bacteriana, Escherichia coli, Fatores de virulência, Locus LEE, Toxina de Shiga