XXI ALAM
Resumo:1656-1


Poster (Painel)
1656-1Compatibilidade de microalga geneticamente modificada a bactérias e fungos indicadores de solo.
Autores:Alda Lerayer (SZBR - Solazyme Brasil Óleos Renováveis e Bioprodutos LTDA.) ; Heloize Milano (SZBR - Solazyme Brasil Óleos Renováveis e Bioprodutos LTDA.) ; Ricardo Bomfim Honorio (SZBR - Solazyme Brasil Óleos Renováveis e Bioprodutos LTDA.) ; Italo Delalibera Junior (ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") ; Amanda Cristina Macedo (SZBR - Solazyme Brasil Óleos Renováveis e Bioprodutos LTDA.)

Resumo

INTRODUÇÃO Os sistemas biológicos utilizando microrganismos geneticamente modificados (GM) têm trazido benefícios para a agricultura, medicina e indústria nas últimas décadas. Os possíveis efeitos desses organismos sobre microrganismos não-alvo devem ser avaliados antes de sua introdução no ambiente. A microalga Prototheca moriformis não é patogênica, é ubíqua, encontrada nos solos e rios e produtora de óleo; algumas linhagens são utilizadas para a produção de vitamina C. A linhagem GM S2014 foi obtida pela introdução do gene de sacarose invertase, ligado em cis ao gene que altera a distribuição do comprimento da cadeia de ácido graxo. Neste estudo avaliou-se o possivel impacto de P. moriformis S2014 sobre microrganismos indicadores do solo utilizando testes de compatibilidade, comparando-se com sua isolinha não GM S1331 e a levedura CAT-1. MATERIAIS E MÉTODOS As linhagens S2014 e S1331 de P. moriformis (Solazyme Inc.) foram produzidas em meio específico e a levedura CAT-1 em meio de xarope sendo a vinhaça destilada antes de ser utilizada. Os microrganismos não-alvo foram M. anisopliae, Trichoderma sp., Bacillus sp. B. thuringiensis, Fusarium sp. e B. bassiana. Três ensaios foram conduzidos para determinar o impacto de células viáveis de S2014, S1331 ou CAT-1, bem como dos subprodutos associados a cada processo de fermentação, ou seja, a vinhaça (CAT-1) e o bioproduto, livre de células viáveis e de óleo (S2104 e S1331), sobre as espécies não-alvo: 1. As 3 culturas foram inoculadas em 4 pontos de placas de BDA (fungo) e NA (bactérias); disco (1cm ø) com cada indicador foi então aplicado no centro das placas. 2. Cada indicador (1x106 conídios/mL de fungos e bactérias 0,4% a A600nm) foi inoculado na superfície de placas de BDA e NA, respectivamente. Porções circulares das extremidades das placas foram removidas e nelas colocados 50 μL de células de S2014, S1331 e CAT-1. No último, cada indicador foi inoculado em meio contendo o bioproduto de S2014 e S1331 (10g/L), e de vinhaça de CAT-1. Os ensaios foram realizados em duplicata com três repetições para cada organismo. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Não foram observados efeitos tóxicos nos testes conduzidos tanto com as células viáveis das linhagens S2014 e S1331, como de seus bioprodutos, sobre o desenvolvimento microrganismos não-alvo, demonstrando sua adequação para futuras aplicações industriais com risco mínimo para o ambiente. Além disso, estes dados demonstram que não há nada inerente às modificações genéticas realizadas na linhagem S2014 que pudesse de alguma forma torná-la tóxica em comparação com a linhagem parental não transformada S1331. No caso da CAT-1, o meio formulado com vinhaça produziu efeito inibitório para a bactéria B. thringiensis.


Palavras-chave:  modificado geneticamente, microindicadores, Prototheca moriformis, solo