XXI ALAM
Resumo:1653-1


Poster (Painel)
1653-1Frequência e perfil de resistência de Staphylococcus sp. recuperados da mucosa nasal de pacientes de hemodiálise de Governador Valadares, Brasil
Autores:Márcio Soares Pena (UNIVALE - Universidade Vale do Rio Doce / INVRD/HS - Instituto de Nefrologia Vale do Rio Doce/Hospital Samaritano) ; Thiago de Oliveira Barreiros (UNIVALE - Universidade Vale do Rio Doce) ; Samuel Rodrigues de Faria (INVRD/HS - Instituto de Nefrologia Vale do Rio Doce/Hospital Samaritano) ; Roni Oliveira (INVRD/HS - Instituto de Nefrologia Vale do Rio Doce/Hospital Samaritano) ; Célia Ribeiro Lima (INVRD/HS - Instituto de Nefrologia Vale do Rio Doce/Hospital Samaritano) ; Luciane M C Sousa Menenguci (INVRD/HS - Instituto de Nefrologia Vale do Rio Doce/Hospital Samaritano) ; Lucas Lima Barbosa (INVRD/HS - Instituto de Nefrologia Vale do Rio Doce/Hospital Samaritano) ; Michel Peçanha (BIOCESP - Laboratório Biocesp) ; Rodrigo Tavares Rodrigues (BIOCESP - Laboratório Biocesp) ; Kênia Valéria dos Santos (UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)

Resumo

A incidência de Staphylococcus sp. na mucosa nasal de pacientes que fazem hemodiálise aumenta o risco de infecção do acesso vascular e de bacteremias. Nestes casos, a terapia antimicrobiana empírica com vancomicina é frequetemente adotada, devido à resistência bacteriana à oxalicina. Dessa, forma, com o objetivo de fornecer subsídios para uma terapia empírica mais segura, pretendeu-se com este estudo, avaliar a freqüência de Staphylococcus sp. na mucosa nasal dos pacientes de uma Unidade de Hemodiálise de Governador Valadares, MG, Brasil, e determinar o perfil de resistência aos antimicrobianos. Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, foram obtidas 169 amostras de esfregaço nasal (swab) dos pacientes no momento da implantação do cateter de hemodiálise (swab 1) e 142 amostras no momento da retirada do mesmo (swab 2). As amostras foram semeadas em meios seletivos para cocos Gram-positivo e a identificação presuntiva foi feita pelos métodos convencionais. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinada por meio de disco-difusão, conforme o CLSI. As culturas foram positivas em 84,6 e 93% das amostras obtidas nos dois momentos, respectivamente. Os microrganismos predominantes tanto no swab 1 quanto no swab 2 foram Staphylococcus sp. coagulase-negativo (SCN) (56,6 e 59,8%) e S. aureus (23,8 e 15,9%). Entre as amostras de S. aureus (swab 1 e 2) foram observadas taxas de resistência aos antimicrobianos do grupo A que variaram de 10 a 91%, com destaque para penicilina (91 e 86%), ampicilina (76%), claritromicina (21 e 29%), oxacilina (21 e 10%), cefoxitin (18 e 10%) e sulfazotrim (15 e10%). Maiores taxas de resistência foram encontradas entre as amostras de SCN (44-94%): penicilina (94 e 92%), ampicilina (83 e 91%), cefoxitin (72 e 76%), oxacilina (74 e 73%), claritromicina (56 e 65%) e sulfazotrim (44 e 43%). Entre os antimicrobianos dos grupos B e C, destacam-se tetraciclina (28 e 27%), ciprofloxacino (53 e 49%), gentamicina (47 e 61%) e levofloxacino (41 e 46%). Considerando o risco maior de pacientes de hemodiálise, portadores nasais de S. aureus e/ou SCN, de desenvolver bacteremias, torna-se imperioso a implementação de medidas eficazes de profilaxia, pois dadas as elevadas taxas de resistência destes microrganismos, a opção terapêutica fica limitada à vancomicina, cuja nefrotoxicidade compromete ainda mais a recuperação do paciente de hemodiálise.


Palavras-chave:  Staphylococcus, hemodiálise, bacteremia, resistência