XXI ALAM
Resumo:1627-3


Poster (Painel)
1627-3Identificação de bactérias através da técnica de MALDI-TOF – validação do método e adaptabilidade à rotina diagnóstica
Autores:Vanessa Bley (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Katia Pilger (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Andreza Francisco Martins (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Valério Aquino (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Afonso Luis Barth (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

Resumo

Introdução: A identificação bacteriana através da espectrometria de massas pela técnica de MALDI-TOF (Matrix Assisted Laser Desorption/Ionization – Time of Flight) tem sido difundida nos últimos anos como uma ferramenta rápida e de fácil execução para laboratórios clínicos e de pesquisa. Assim, o objetivo deste trabalho foi validar a metodologia de identificação bacteriana por MALDI-TOF através da comparação com métodos fenotípicos convencionais usados na rotina laboratorial. Materiais e Métodos: Foram testados 402 isolados bacterianos coletados entre maio a junho de 2012. Os isolados utilizados foram provenientes de amostras clínicas de pacientes atendidos pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, previamente identificadas por provas manuais e/ou pelo sistema Vitek. A identificação pela técnica de MALDI-TOF (Vitek-MS®) foi realizada em paralelo, durante dois dias de rotina laboratorial. Além das amostras clínicas, cepas ATCC foram utilizadas como controle. Discussão de Resultados: Das 402 amostras testadas, 189 eram enterobactérias, 122 cocos gram-positivos (CGP), 67 bacilos gram-negativos não-fermentadores (BGN-NF) e 24 pertenciam a outros grupos (bacilo gram-positivo e cocos gram-negativos). Houve uma concordância geral na identificação de 389 (96,8%) dos isolados, quando comparamos as técnicas convencionais e os resultados obtidos pelo VITEK-MS®. Analisando os grupos bacterianos separadamente, obtivemos uma concordância de 96% para enterobactérias, 98% para CGP e 100% para BGN-NF e para os outros grupos. Das 13 amostras discordantes, o MALDI-TOF identificou 2 isolados de Shigella sonnei e 1 isolado de Shigella flexneri, como E. coli, e 1 isolado de E. aerogenes como E. cloacae. Para os demais 9 isolados, o MALDI-TOF não liberou nenhuma identificação. Conclusão: O MALDI-TOF fornece resultados em pouco tempo e sem necessitar de provas adicionais para a identificação. A técnica é de simples execução e apresenta baixo custo de insumos. Entretanto, cabe ressaltar, que apesar de possuir uma alta especificidade para a maioria das espécies bacterianas testadas, a técnica não conseguiu discriminar entre Shigella sp. e E. coli como já relatado em outros estudos.


Palavras-chave:  MALDI-TOF, Identificação bacteriana, Técnicas de identificação