XXI ALAM
Resumo:1627-1


Poster (Painel)
1627-1AVALIAÇÃO DA HETERORRESISTÊNCIA A POLIMIXINA B EM ISOLADOS DE Pseudomonas aeruginosa
Autores:Djuli Milene Hermes (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Andreza Francisco Martins (IPA - Centro Universitário Metodista do IPA) ; Alexandre Prenh Zavascki (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Afonso Luis Barth (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul / HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

Resumo

Introdução: A multirresistência em Pseudomonas aeruginosa é preocupante no âmbito hospitalar. Neste contexto, a Polimixina B retorna ao cenário como opção de tratamento uma vez que isolados resistentes são ainda pouco prevalentes. Cabe ressaltar que é importante avaliar a heterorresistência a Polimixina B e esse fato pode justificar eventuais falhas terapêuticas observadas durante o tratamento. Objetivos: Avaliar a heterorresistência a Polimixina B em isolados de P. aeruginosa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Metodologia: Vinte isolados de P. aeruginosa obtidas no ano de 2011, epidemiologicamente não relacionadas, foram utilizados para avaliação da heterorresistência. A pesquisa da heterorresistência foi realizada em duplicata, através de diluições seriadas, partindo de uma suspensão de 0,5 de MaCFarland e inoculadas em Agar Mueller Hinton com concentrações crescentes de Polimixina B (0, 0,5, 1, 2, 4 e 8μg/mL). A cepa ATCC 27853 de P. aeruginosa foi utilizada como controle de qualidade. O perfil de análise populacional (PAP) foi definido como o resultado da divisão do número de unidades formadoras de colônia (UFC) da placa com maior concentração de Polimixina B em que houve crescimento bacteriano, pelo número de UFC da placa sem antibiótico. Foram consideradas heterorresistentes as amostras que apresentaram crescimento bacteriano em concentração de Polimixina B > 2 µg/mL. Resultados e Discussão: Todas as amostras originais foram sensíveis a Polimixina B, com CIM variando de 0,25µg/mL a 2µg/mL. Uma amostra foi considerada heterorresistente com CIM inicial de 0,25 µg/mL e final de 4,0 µg/mL. Além da amostra heterorresistente, outras 9 amostras apresentaram crescimento bacteriano em concentrações de Polimixina B acima do CIM original variando de 0,5µg/mL a 2µg/mL. A frequência do PAP foi de 4,0x10-4 UFC/mL a 2,0x10-7 UFC/mL. Conclusão: Os resultados deste estudo mostram a ocorrência de heterorresistência a Polimixina B em amostras de P. aeruginosa. Esse fato pode explicar falhas terapêuticas durante o tratamento e destaca a importância deste teste, uma vez que a identificação de subpopulações heterorresistentes não é avaliada na rotina laboratorial.


Palavras-chave:  Heterorresistência, Polimixina B, Pseudomonas aeruginosa