XXI ALAM
Resumo:1569-1


Poster (Painel)
1569-1EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR DE Acinetobacter baumannii RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS EM TRÊS HOSPITAIS DE PORTO ALEGRE
Autores:Juliana Barin (PPGCM - Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas) ; Andreza Francisco Martins (IPA - Centro Universitário Metodista do Sul) ; Bianca Lúcia Heineck (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Alexandre Prehn Zavascki (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

Resumo

Introdução: Isolados de Acinetobacter baumannii multirresistentes tem sido associados a surtos de infecções hospitalares, assim como ao aumento da resistência aos carbapenêmicos, principalmente devido a produção de β-lactamases do grupo D (oxacilinases), especialmente OXA-23, documentada em vários países. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil clonal e pesquisar a presença de oxacilinases em amostras isoladas de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos de três hospitais de Porto Alegre. Materiais e métodos: Foram avaliados 123 isolados de Acinetobacter spp. provenientes de três hospitais de Porto Alegre no período de março a dezembro de 2011. A susceptibilidade foi avaliada pela determinação da CIM através da técnica de microdiluição em caldo para imipenem e meropenem, de acordo com os critérios do CLSI. Entre os isolados resistentes aos carbapenêmicos 52 foram submetidos a tipagem molecular, pela técnica de PFGE. Foi utilizada a enzima de restrição ApaI, e foram considerados geneticamente relacionados isolados com similaridade maior que 85%. A pesquisa dos genes blaOXA-51, blaOXA-23, blaOXA-24, blaOXA-58 e blaOXA-143 foi feita através da técnica de PCR. Discussão dos resultados: A resistência aos carbapenêmicos foi observada em 68,3% (84/123) dos isolados, com CIM50 32 μg/ml e CIM90 64 μg/ml, para ambos. Todos os isolados (52) submetidos a tipagem molecular foram positivos para os genes blaOXA-51 e blaOXA-23, confirmando a identificação da espécie A. baumannii. Nenhum isolado apresentou positividade para os genes blaOXA-24, blaOXA-58 e blaOXA-143. Na análise de PFGE os isolados foram agrupados em 5 grupos clonais, sendo 15 (28,8%) pertencentes ao grupo A, seguido de 11 (21,1%) do grupo B, 10 (19,2%) do grupo C, 8 (15,3%) do grupo D e 4 (7,7%) do grupo E. Quatro (7,7%) isolados foram agrupados em clones únicos. Nos grupos A, B e D podemos observar isolados pertencentes a 2 hospitais, e nos grupos C e E foram encontrados isolados dos três hospitais. Conclusão: A resistência aos carbapenêmicos foi mediada pela produção da carbapenemase OXA-23 em todos os isolados avaliados, e nenhuma outra OXA-carbapenemase foi detectada, diferentemente de outras regiões do país. A dissemissão horizontal de clones predominantes entre hospitais parece ser predominante na manutenção de elevada prevalência de resistência aos carbapenêmicos em hospitais de Porto Alegre.


Palavras-chave:  Acinetobacter baumannii, oxacilinases, tipagem molecular