XXI ALAM
Resumo:1545-1


Poster (Painel)
1545-1Klebsiella pneumoniae produtoras de carbapenemase e resistentes a polimixina: Um estudo de epidemiologia molecular de amostras isoladas em um hospital da cidade de São Paulo
Autores:Elke Kreuscher Gumpl Gumpl, E.k. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Roberta Cristina Migrone Cabral Cabral, R. C. M. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Jussimara Monteiro Nurmberger Monteiro, J. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Clara Resende Lopes Fonsceca Fonsceca, C.r.l. (DASA - Laboratório Sérgio Franco - DASA) ; Antonio Carlos Campos Pignatari Pignatari, A.c.c. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo / DASA - Laboratório Sérgio Franco - DASA)

Resumo

Introdução: Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (KPC) é caracterizada como um patógeno oportunista de grande importância clínica em infecções adquiridas em ambientes hospitalares com elevada morbidade e mortalidade. Amostras de KPC também resistentes a polimixinas têm sido descritas limitando ainda mais o tratamento antimicrobiano. O objetivo deste estudo foi caracterizar, por técnicas moleculares, amostras de KPC isoladas de pacientes internados em um hospital da cidade de São Paulo. Material e Método: Foram estudadas 21 amostras clínicas de K. pneumoniae resistentes a ertapenem pelo sistema automatizado Vitek2 e disco difusão, isoladas em um hospital privado da cidade de São Paulo no período de julho de 2011 à março de 2012. As amostras foram submetidas à metodologia de Hodge modificada para triar a presença de carbapenemase, e a detecção do gene blaKPC foi realizada pela metodologia da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A sensibilidade à polimixina foi avaliada pelo sistema Vitek2 e E-test. A relação clonal entre as cepas foi avaliada pelas técnicas de Eletroforese em Campo Pulsado (PFGE) e Sequenciamento por Multilocus (MLST). Os dados do PFGE foram analisados através do software BioNumerics, e as sequencias obtidas pelo MLST foram submetidas para análise na homepage do Instituto Pasteur (www.pasteur.fr/mlst). Resultados: Todas as amostras avaliadas foram fenotipicamente positivas pelo Teste de Hodge e 100% destas foram positivas pela PCR para a detecção do gene blaKPC. Nove amostras foram resistentes à polimixina. A análise do PFGE revelou a presença de seis diferentes clones. O clone “A” foi encontrado em 76,2% (16/21) das amostras com percentual de similaridade maior que 80%. Os clones “B”, “C”, “D”, “E” e “F” foram encontrados em apenas uma amostra cada, com percentual de similaridade inferior a 55%. Oito das 9 amostras resistentes à polimixina foram caracterizadas como pertencentes ao clone “A”. A tipagem molecular por MLST foi realizada apenas para as cepas do clone “A” revelando sequence type 11 e 437, diferindo, entre si, apenas por um alelo. Conclusão: Através das técnicas de PFGE e MLST foi possível caracterizar geneticamente a persistência de um mesmo padrão clonal predominante em um período de nove meses, incluindo amostras resistentes à polimixina. Esses dados de epidemiologia molecular são relevantes para um melhor controle de disseminação de KPC no ambiente hospitalar.


Palavras-chave:  carpenemase, klebsiella pneumoniae, MLST, PFGE, polimixina