XXI ALAM
Resumo:1485-2


Poster (Painel)
1485-2Descoloração do corante têxtil Índigo Carmine por Fusarium oxysporum
Autores:Gianne Rizzuto Araújo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Diogo Henrique Galiza Lopes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Jadson Diogo Pereira Bezerra (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Virginia Michelle Svedese (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Laura Mesquita Paiva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Cristina Maria de Souza Motta (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Dianny Carolyne Vasconcelos da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

As indústrias têxteis têm grande parcela na contaminação ambiental, devido à liberação de grandes volumes de efluentes complexos no ambiente. Os corantes utilizados no tingimento dos tecidos são os principais compostos responsáveis pela contaminação, necessitando de novas tecnologias para o tratamento. Pesquisas recentes tem demostrado que agentes biológicos são uma boa alternativa para solucionar os problemas com resíduos, apresentando maior eficiência e menores custos, tais como os fungos, tendo em vista que algumas espécies degradam compostos recalcitrantes. Este trabalho teve por objetivo verificar a eficiência na descoloração do corante têxtil Índigo Carmine por Fusarium oxysporum, para ser utilizado na biorremediação de efluentes têxteis. Os experimentos foram realizados no laboratório de Citologia e Genética da UFPE. A espécie utilizada neste estudo, F. oxysporum, foi isolada de uma planta típica da Caatinga, o Mandacaru (Cereus Jamacaru). Para a avaliação da capacidade de descolorir corantes em meio sólido, fragmento de cultura fúngica com sete dias de crescimento em Batata-Dextrose-Agar foi transferido para placa de Petri contendo Ágar Extrato de Malte acrescido do corante Índigo Carmine (0,05% p/v) e incubados a 28 ± 2ºC por sete dias no escuro. Para a avaliação da capacidade de descolorir corantes em meio líquido, discos de 6 mm de culturas dos fungos selecionados foram inoculados em frascos de Erlenmayer (125 mL) contendo 50 mL do meio Extrato de Malte acrescido de 0,05% (m/v) do corante avaliado. Após a inoculação, os fracos foram incubados sob condição estática, no escuro, a 28 ± 2ºC por até 15 dias. Em intervalos de cinco dias, a biomassa foi separada através de filtração em membrana Millipore (0,45 µm) e o filtrado foi utilizado para a determinação da redução da cor em espectrofotômetro (610nm). Quanto à análise em meio sólido da descoloração do corante têxtil Índigo Carmine por F. oxysporum, este fungo apresentou um halo de descoloração do corante. Em meio líquido, após cinco dias F. oxysporum degradou 53,08% do corante e após 10 dias de experimento o isolado obteve 100% de descoloração do corante têxtil Índigo Carmine. Os resultados obtidos neste trabalho indicam o isolado de F. oxysporum como promissor para estudos de biorremediação de ambientes contaminados com corantes.


Palavras-chave:  Biorremediação, Fungos filamentosos, Lavanderias têxteis, Poluição ambiental