XXI ALAM
Resumo:1475-1


Poster (Painel)
1475-1EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE Stryphnodendron adstringens (BARBATIMÃO) SOBRE A HIDROFOBICIDADE DA SUPERÍFICIE CELULAR, BIOFILME E ADESÃO EM CÉLULAS HEp-2 DE Candida tropicalis ISOLADAS DA CAVIDADE BUCAL
Autores:Alexandre Tadachi Morey (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Jussevania Pereira Santos (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ludmila Vilela Pereira Gomes (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Wallace Cardoso de Matos (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ricardo Sérgio Couto de Almeida (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Marco Antonio Costa (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Celso Vataru Nakamura (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Lucy Megumi Yamauchi Lioni (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Sueli Fumie Yamada Ogatta (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Candida tropicalis tem emergido como segundo ou terceiro agente mais comum de candidíases. No processo de infecção por Candida, o primeiro evento é a adesão do fungo à superfície do hospedeiro, podendo levar à formação do biofilme, que apresenta maior resistência aos antifúngicos. Além disso, o uso frequente de antifúngicos contribui para a seleção de cepas dose-dependentes ou resistentes, tornando necessária a busca de novos fármacos com ação antifúngica. Neste trabalho foi avaliado o efeito do extrato aquoso de Stryphnodendron adstringens sobre células planctônicas e sésseis de 6 isolados de C. tropicalis provenientes da cavidade bucal de indivíduos (n=2 cada), saudáveis, HIV-positivos e diabéticos. A concentração inibitória mínima (CIM) para as células planctônicas foi determinada pelo teste de microdiluição em caldo, segundo normas do CLSI, e variou de 8 a 32 μg/mL, sendo os maiores valores observados em isolados de indivíduos HIV-positivos. A concentração citotóxica (CI50) do extrato para células HEp-2 foi de 100 μg/mL, mostrando-se assim mais seletivo para as leveduras. A determinação da hidrofobicidade da superfície celular (HSC) foi feita utilizando xileno e o resultado expresso como a porcentagem da diminuição da densidade óptica da fase aquosa do teste comparado ao controle. Para todos os isolados tratados com ½CIM do extrato houve diminuição da HSC, onde a média relativa foi de 30,6±15,2% variando entre 11 e 56%, e 9,75±13,1% variando entre 0 e 36%, para células não tratadas e tratadas, respectivamente. Para o ensaio de adesão, as leveduras, tratadas ou não com ½CIM foram incubadas com células HEp-2 durante 2 h a 37oC com 5% CO2. A porcentagem de células aderidas foi determinada após contagem do número de unidades formadoras de colônias. O tratamento com o extrato promoveu a redução (13,3 a 81,3%) na capacidade de adesão de todos isolados às células HEp-2. Todos os isolados foram capazes de formar biofilme sobre a superfície de poliestireno. O extrato aquoso de barbatimão, na concentração de 50 μg/mL reduziu (10 a 30%) a atividade metabólica, quando analisada pelo método do XTT, das células sésseis de 5 (83%) isolados de C. tropicalis, após 24 horas. Estes resultados mostram que o extrato aquoso de barbatimão reduz a HSC e adesão em células HEp-2, além de inibir células planctônicas e o biofilme de C. tropicalis.


Palavras-chave:  Adesão, Biofilme, Candida tropicalis, Hidrofobicidade, Stryphnodendron adstringens