XXI ALAM
Resumo:1417-1


Poster (Painel)
1417-1Baixa prevalência de genes stx e ausência de ipaH em culturas de fezes e biópsias de diferentes segmentos de mucosa do intestino de portadores de doença inflamatória intestinal
Autores:Helton L. de Souza (UNESP/IBB - Instituto de Biociências da UNESP) ; Rogéria Keller (FSP - Faculdade do Sudoeste Paulista / UNESP/IBB - Instituto de Biociências da UNESP) ; Fernando G. Romeiro (UNESP/FMB - Faculdade de Medicina da UNESP) ; Ligia Y. Sassaki (UNESP/FMB - Faculdade de Medicina da UNESP) ; Josias Rodrigues (UNESP/IBB - Instituto de Biociências da UNESP)

Resumo

INTRODUÇÃO. Vários trabalhos têm demonstrado que portadores de doença inflamatória intestinal (DII) apresentam aumento na quantidade de Escherichia coli e de outras Enterobactérias. Todavia, existem controvérsias quanto ao seu papel na etiologia da doença. Dados sobre E. coli patogênicas nestes pacientes variam de uma publicação para a outra. Há ainda a discussão sobre se tais bactérias são patogênicas intestinais (enteropatogênicas) ou estraintestinais (ExPEC). Uma outra questão diz respeito ao sítio de origem das cepas: mucosa ou lúmen. Neste trabalho foi feita a pesquisa de 4 marcadores de patogenicidade em culturas de bactérias gram negativas obtidas de diferentes materiais clínicos de portadores de DII. Dois dos marcadores são comuns na família Enterobacteriaceae (irp-2, SPATE) e os outros dois são de Enterobactérias tipicamente enteropatogênicas (ipaH e stx). METODOLOGIA. Foram obtidas culturas em caldo MacConkey (37°C/1 noite) de materiais clínicos de 19 pacientes, sendo 5 portadores de retocolite ulcerativa (RU), 8 portadores de doença de Crohn (DC) e 6 controles. Os materiais clínicos consistiram de fezes e biópsias da região íleo cecal, cólon proximal e distal. Alíquotas das culturas foram transferidas para caldo BHI, cultivadas nas condições acima e congeladas em deep freezer. Os marcadores genéticos foram pesquisados através de PCR individuais aplicados a lisados obtidos destes “pools” de crescimento. RESULTADOS. Entre 18 amostras de controles, 21 de portadores de DC e 15 de RU, apenas uma cultura foi positiva para stx e nenhuma para ipaH. Quanto a irp2, 75% das amostras do cólon distal de portadores de RU contra 25% dos controles foram positivas. Amostras de fezes e de biópsias dos demais segmentos intestinais destes dois grupos de pacientes apresentaram prevalência equivalente (entre 60 e 100%) de positividade para o gene. Os portadores de DC apresentaram menor prevalência de amostras positivas para irp2 em relação aos controles. Quanto à SPATE, enquanto que nenhuma amostra do cólon distal de controles foi positiva, 25% das obtidas de portadores de RU e 50% das encontradas em portadores de DC o foram. CONCLUSÃO. Shigella e categorias patogênicas de E. coli, tais como STEC e EIEC não parecem colonizar a microbiota de portadores de DII. Dada a ampla distribuição de irp2 e SPATE entre as Enterobactérias, as variações aqui apresentadas sobre sua prevalência, devem ser vistas com cautela.


Palavras-chave:  Escherichia, inflamatória, Enterobactérias, retocolite, Crohn