XXI ALAM
Resumo:1379-1


Poster (Painel)
1379-1Escherichia coli enteroagregativas são abundantes na mucosa de diferentes segmentos intestinais de portadores de retocolite ulcerativa e no lúmen de portadores de doença de Chron.
Autores:Rogeria Keller (FSP - Faculdade Sudoeste Paulista / UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Fernando Gomes Romero (HC- UNESP - Hospital das Clinicas de Botucatu-FMB) ; Ligia Yukie Sassaki (HC- UNESP - Hospital das Clinicas de Botucatu-FMB) ; Eduarda Gimenes Correa (UNESP - Universidade Estadual Paulista / FSP - Faculdade Sudoeste Paulista) ; Erika Watanabe (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Josias Rodrigues (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

Atualmente, parece não haver dúvidas quanto à importância da microbiota local na etiopatogênese das doenças inflamatórias intestinais idiopáticas (DII). Estas patologias se manifestam em duas variantes clínicas principais: a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RU), que apresentam características em comuns, mas uma série de particularidades, entre as quais diferenças quanto ao nível de envolvimento da mucosa, as regiões do trato gastrintestinal afetadas e fatores predisponentes. As Escherichia coli incluem-se entre as bactérias cujo envolvimento com a causa ou complicação dos sintomas da DII tem sido mais investigado. Recentemente, identificamos em biópsias retais de portadores de DII uma alta prevalência de E. coli enteroagregativas (EAEC). No presente trabalho, procuramos verificar se a alta concentração destas bactérias também ocorre em outros materiais clínicos destes paciente. Um total de 215 cepas de E. coli isoladas de 45 pacientes (13 portadores de RU, 11 de DC e 21 controles) foram estudadas. Estas cepas foram obtidas por cultivo de fezes e de biópsias da região íleo-cecal, cólon proximal e distal dos pacientes. As coletas bem como os procedimentos de cultivo e identificação de E. coli seguiram métodos convencionais. As cepas bacterianas foram submetidas a testes de adesão a células HEp-2 em ensaios de 3h de incubação, a fim de se determinar o fenótipo de adesão. Num total de 78 amostras (32 de portadores de RU, 16 de DC e 30 de controles), aquelas de RU, tiveram uma concentração de EAEC quase 2 vezes superior a de controles em todos os tipos de biópsias analisadas. Esta diferença foi maior na região íleo-cecal (63x33%). No caso de portadores de DC, a prevalência de EAEC nas biópsias foi inferior ou aproximadamente equivalente à observada em controles. Todavia, no caso das fezes, 67% das amostras foram EAEC. Em portadores de RU parece haver uma proliferação de EAEC na mucosa de diferentes segmentos intestinais, ao passo que em portadores de DC estas bactérias aumentam no lúmen intestinal.


Palavras-chave:  Escherichia coli enteroagregativa, doença de Chron, retocolite ulcerativa