XXI ALAM
Resumo:1314-1


Poster (Painel)
1314-1Atividades enzimáticas de bactérias endofiticas diazotróficas isoladas da cultura da palma forrageira (Opuntia spp e Nopalea spp)
Autores:Maria do Carmo Catanho Pereira de Lyra (IPA - INSTITUTO AGRONÔMICO DE PERNAMBUCO) ; Nuria Madianabeitia Peiró (US - UNIVERSIDAD DE SEVILLA - DEPTO MICROBIOLOGIA) ; Rocio Gutierrez-alcantara (US - UNIVERSIDAD DE SEVILLA - DEPTO MICROBIOLOGIA) ; Isabel Montemayor Díaz-olivares (US - UNIVERSIDAD DE SEVILLA - DEPTO MICROBIOLOGIA) ; Francisco Javier Ollero Marquez (US - UNIVERSIDAD DE SEVILLA - DEPTO MICROBIOLOGIA)

Resumo

A cultura da palma forrageira ( Opuntia sp.) pertence aos gêneros Opuntia e Nopalea. Os endofíticos têm um papel fundamental nas plantas e a falta de conhecimento sobre a ocorrência de bactérias endofíticas em plantas ainda é um enigma para entender a íntima relação que desenvolveram estes microrganismos com a sua planta hospedeira. De um screening de 300 isolados, cinco foram escolhidos para estudar as seguintes atividades enzimáticas: fosfatase, quitinase e urease. Cepas denominadas: AM30, AM28, AM27, AM12 e AM7 foram isoladas da cultura da palma forrageira caracterizados molecularmente através do sequenciamento do gene 16S rDNA com as estirpes B. tropica BR11364, B. silvatlantica BR11907, H. seropedicae BR11175, G. johanae BR12106, G. diazotrophicus BR11284, respectivamente. Para determinar a atividade fosfatase utilizou-se o meio NBRIP. Quitinásica, meio com quitina coloidal (Sigma C-7170).Ureásica, meio Agar Agar Uréia. Apenas as cepas B. tropica (AM30) e B. silvatlantica (AM28) mostraram atividade enzimática com a formação de um halo 0,6 a 0,8 mm (96 hs). Apenas a cepa AM37 apresentou uma atividade quitinásica alta com um halo de 3 mm (96 hs), o mesmo obtido pela estirpe positiva para quitina (A veronii AMG 190). As cepas AM12 e AM7 foram que obtiveram atividade ureásica.A importância destes micro-organismos como solubilizadores de fosfato e sua capacidade de solubilização podem está relacionadas com vários fatores entre elas ao tipo de planta existente no solo. É interessante observar que estas cepas que foram oriundas de uma cultura onde seu cultivo é originário do agreste e sertão pernambucano pode ter um valor adicionado pela sua capacidade de adaptar-se a temperaturas muito elevadas. A quitinase tem a propriedade inseticida que pode ajudar como controle biológico. Como a cultura da palma vem sofrendo há vários anos com o ataque de uma praga chamada cochonilla, estes isolados podem ser uma alternativa como bioinseticidas. Ureases microbianas tem um papel importante no metabolismo do N (fixação de N2 a partir da uréia).A palma é o alimento principal para o gado e a reciclagem de uréia para a formação de novos compostos nitrogenados é fundamental no balanço de N nos ruminantes. A presença destas bactérias como endófiticas na palma pode ajudar neste balanço. Esta claro que falta muito para entendermos o papel dos endofiticos diazotróficos nesta planta e que o aprimoramento do conhecimento do papel biológico destas enzimas pode ajudar muito na produtividade da palma forrageira no nordeste brasileiro.


Palavras-chave:  Diversidade, Fosfatase, Quitinase, Urease, Semiárido