XXI ALAM
Resumo:1309-1


Poster (Painel)
1309-1Caracterização de consórcios bacterianos com potencial para biorremoção de manganês
Autores:Natália Rocha Barboza (UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto) ; Soraya Sander Amorim (UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto) ; Renata Guerra de Sá (UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto) ; Versiane Albis Leão (UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto)

Resumo

O manganês (Mn) é um contaminante comum de águas de minas. Devido à alta estabilidade do íon Mn(II) em solução aquosa, existe uma grande dificuldade para removê-lo de águas contaminadas. Uma das formas de remover o Mn é a utilização de microrganismos que podem oxidar o íon Mn(II). Embora existam vários estudos sobre esse processo, a identidade desses organismos, o mecanismo das reações e seus benefícios para os microrganismos não são bem conhecidos. Neste sentido, esse trabalho teve como objetivo selecionar consórcio ou isolados bacterianos com potencial para remoção do Mn. Para isso, amostra de água de mina foi filtrada em membrana 0,22µm e inoculada nos meios de cultura K, mínimo succinato, PC e PYVG para o enriquecimento bacteriano. Posteriormente as culturas foram estriadas em meio K ágar para obtenção de isolados e ambos, consórcio e isolados, foram testados em relação a capacidade de crescimento em meio contendo quantidades de Mn(II) variando de 50 à 300 mg/L. Ensaios de remoção do Mn pelo consórcio e isolados foram realizados utilizando-se meio K com diferentes quantidades do íon Mn(II) (50, 100, 200 e 300mg/L) e o decaimento da quantidade de Mn foi medido por espectrometria de emissão atômica com fonte plasma. Nossos resultados mostram que o consórcio estudado foi capaz de remover uma média de 80% do íon Mn(II) em ensaios em batelada em biorreator com todas as concentrações testadas. A oxidação do íon Mn(II) ocorre após o início da a fase estacionária de crescimento, indicando que a energia produzida pela oxidação do íon Mn(II) é pouco usada para o crescimento microbiano. De um total de 15 isolados obtidos, três já foram testados em relação à oxidação do Mn, sendo a média de remoção do íon Mn(II) de 35% e todos os isolados foram capazes de crescer em meio ágar suplementado com até 300m/L do íon de Mn(II). Os isolados promoveram escurecimento do meio de cultura e/ou escurecimento da colônia, indicando a capacidade de oxidação do íon Mn(II) por esses isolados. Os resultados obtidos até o momento mostram a presença de bactérias com capacidade de oxidar o íon Mn(II) na água analisada, e sugerem que o consórcio bacteriano é mais efetivo na biorremoção do Mn em relação aos isolados testados.


Palavras-chave:  Biorremoção, Manganês, oxidação do manganês