XXI ALAM
Resumo:1286-1


Poster (Painel)
1286-1DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA HANSENÍASE EMPREGANDO A BIOLOGIA MOLECULAR
Autores:Flaviane Granero Maltempe (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Aline Lemes Castilho (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Mariana Aparecida Lopes (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Vanessa Pietrowski Baldin (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Vera Lúcia Dias Siqueira (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Rosilene Fressatti Cardoso (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Katiany Rizzieri Ferracioli-caleffi (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa de caráter crônico causada pelo Mycobacterium leprae, que possui predileção pela pele e nervos periféricos. A reação em cadeia da polimerase (PCR) tem sido utilizada com a finalidade de detectar com especificidade e sensibilidade o M. leprae em diferentes amostras clínicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização da PCR no diagnóstico laboratorial da hanseníase em um laboratório de referência do noroeste do Paraná. Participaram da pesquisa 40 pacientes com suspeita clínica e controle de tratamento da hanseníase (totalizando 106 amostras de linfa), atendidos no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas da UEM no período de novembro de 2010 a novembro de 2011. A linfa foi coletada da orelha, cotovelo e manchas conforme solicitação médica. O DNA do M. leprae foi extraído das amostras de linfa utilizando Kit de extração de DNA genômico bacteriano, de acordo com as especificações do fabricante. A PCR foi realizada com os iniciadores específicos P2-P3 (Bang et al., 2009) e LP1-LP2 (Donoghue et al., 2001) para M. leprae. A sensibilidade foi avaliada utilizando diluições seriadas de DNA de M. leprae obtido a partir da lepromina (reagente utilizado no teste cutâneo de Mitsuda) e, a especificidade dos iniciadores foi avaliada utilizando várias espécies de micobactérias gentilmente cedidas pelo Laboratório de Bacteriologia Clínica/UEM. Todas as reações foram acompanhadas de controle positivo, negativo e um controle interno da reação com os iniciadores PCO4-GH20 que amplificam o gene da &beta-globina humana (Rombaldi et al., 2008). Os dados foram tabelados e analisados pelo teste McNemar, considerando como significativo P<0,05. Os iniciadores mostraram-se específicos para M. leprae, sendo que os iniciadores Lp1-Lp2 mostraram mais sensíveis que P2-P3 na detecção de M. leprae em amostras de linfa. Não foi observada diferença entre os resultados da PCR quando comparado aos resultados da baciloscopia (p>0,05). Apesar da necessidade de novos estudos para a otimização da PCR, esta metodologia mostrou ser promissora como auxiliar no diagnóstico da hanseníase na rotina laboratorial. Isto se faz necessário, tendo em vista que a detecção precoce da doença pode evitar que o processo da doença e o envolvimento neural causem danos irreversíveis à saúde do ser humano.


Palavras-chave:  Hanseníase, linfa, Mycobacterium leprae, PCR