XXI ALAM
Resumo:1284-2


Poster (Painel)
1284-2Marcadores sorológicos do vírus da hepatite B em pacientes ambulatoriais atendidos em um laboratório público em Maceió/AL
Autores:Valter Alvino (UFAL - Universidade Federal de Alagoas / CPML/UNCISAL - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial) ; Rai Costa Nogueira Nunes (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Zenaldo Porfírio (UFAL - Universidade Federal de Alagoas / UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas / CPML/UNCISAL - Centro de Patologia e Medicina Laboratorial)

Resumo

A hepatite B é uma doença infecciosa, causada pelo vírus da hepatite B (VHB) com distribuição universal, sendo considerado um grave problema de saúde pública. Aproximadamente dois bilhões de pessoas, pouco menos do que um terço da população mundial, já se infectaram pelo VHB, e cerca de 360 milhões destes estão cronicamente infectados, com o risco de evolução com as complicações da condição mórbida. Anualmente um milhão de óbitos no mundo são estimados devido à cirrose hepática ou ao carcinoma hepatocelular decorrentes da hepatite B. Os marcadores sorológicos são essenciais para o diagnóstico e o acompanhamento da infecção por este vírus. O objetivo do presente trabalho foi determinar a prevalência de marcadores sorológicos de hepatite B em pacientes ambulatoriais atendidos em um laboratório público em Maceió/AL. Para isso, todos os pacientes ambulatoriais com solicitação de dosagem para marcadores de hepatite B no período de janeiro a junho de 2012 foram incluídos na amostra, totalizando 300 pacientes. Os marcadores dosados foram HBsAg, anti-HBs e anti-HBc IgG utilizando a técnica de quimioluminescência. Das amostras analisadas 52,81% não apresentaram nenhum marcador para hepatite B. As amostras positivas apresentaram prevalência de 5,45% para HBsAg que é o marcador da existência do vírus da hepatite B. Ele surge durante o período de incubação, cerca de duas a sete semanas antes do início dos sintomas e persiste durante o desenvolvimento da entidade nosológica. Para o anti-HBs foi observada a prevalência de 44,93% nas amostras analisadas, sendo o marcador que indica resposta do sistema imunológico ao vírus, tanto na patologia quanto na vacinação. O anti-HBc IgG apresentou 15,22% de prevalência, podendo estar presente na hepatite B aguda, crônica ou na infecção. Quando cruzados os dados observou-se que 10,11% dos pacientes apresentavam anti-HBs e anti-HBc IgG positivos com HBsAg negativo indicando infecção antiga por vírus B já curada. Já para o marcador anti-HBs positivo com os outros marcadores negativos a prevalência foi de 30,34%. Assim, concluímos que houve uma baixa prevalência do vírus da hepatite B na população estudada embora, a baixa prevalência para o marcador que indica anticorpo protetor para este vírus sinalize que campanhas mais eficazes de vacinação sejam implantadas.


Palavras-chave:  Epidemiologia, Hepatite B, Infecção