XXI ALAM
Resumo:1227-1


Prêmio
1227-1TOXINAS AUTOTRANSPORTADORAS SERINO-PROTEASES DAS ENTEROBACTERIACEAE (SPATEs) EM Escherichia coli ENTEROPATOGÊNICA (EPEC) ATÍPICA
Autores:Lívia Mácia Corrêa (IBU - Instituto Butantan) ; Haline Christine Luiz Garcia (IBU - Instituto Butantan) ; Keyde Cristina Martins de Melo (IBU - Instituto Butantan) ; Waldir Pereira Elias (IBU - Instituto Butantan) ; Roxane Maria Fontes Piazza (IBU - Instituto Butantan) ; Rita de Cássia Ruiz (IBU - Instituto Butantan)

Resumo

Introdução: SPATE atua como fator de virulência em cepas patogênicas intestinais e extra-intestinais de Escherichia coli e são subdivididas em toxinas com atividade citotóxica e toxinas com alvo extracelular, como as mucinolíticas. Sat (secreted autotransporter toxin) foi descrita como importante na patogenia da E. coli uropatogênica (UPEC) por induzir a desorganização do citoesqueleto, arredondamento e destacamento celular. Tsh (temperature-sensitive haemagglutinin) é um importante fator de virulência das E. coli patogênica aviária (APEC) e apresenta propriedades mucinolítica e hemaglutinante. Até o momento tanto o mecanismo de patogenicidade, como os fatores de virulência expressos por EPECa, um patógeno cada vez mais frequente nos inquéritos epidemiológicos, permanece desconhecido. Objetivo: Investigar se as toxinas Sat e Tsh são expressas por EPECa. Materiais e métodos: 98 amostras de EPECa de sorotipos clássicos e não clássicos foram submetidos ao PCR utilizando-se primers especificos para a detecção dos genes sat e tsh. O sobrenadante do cultivo das amostras sat+ foi concentrado e ensaiado quanto a capacidade de alterar a morfologia e induzir o destacamento de células Y1, sensiveis à ação da toxina. A expressão da toxina Tsh foi avaliada em ensaio de hemaglutinação de hemacias de galinha, induzido pelo pellet do cultivo das amostras tsh+. Resultados: A prevalência do encontro de amostras positivas para o gene sat e tsh foi de 3,06% e 2,04%, respectivamente. As amostras positivas para sat foram CV323/77 (O125ac:H21), CB5304 e CB3338 ambas do sorotipo O125ac:H6 e para o tsh foram as amostras 179 (O23:H16) e 1652 (O131:H4). A análise da expressão da toxina Sat mostrou que as três amostras induziram alteração morfológica e descolamento celular a partir de 5hs de incubação, semelhante ao controle+. Ambas as amostras tsh+ induziram a hemaglutinação após 1h de contato, semelhante à amostra APEC. As amostras positivas para o tsh, diferente das amostras positivas para o sat, não fazem parte dos sorogrupos clássicos de EPECa. O fato de toxinas descritas em UPEC e APEC serem encontradas em EPECa corrobora com a alta heterogeinidade descrita nesta categoria.Conclusão Os resultados sugerem que EPECa pode expressar toxinas descritas por patótipos distantes. No entanto, novos ensaios são necessários para a compreensão do papel destas toxinas na patogenese da EPECa.


Palavras-chave:  Escherichia coli, EPEC atípica, Toxina, Toxina Sat, Toxina Tsh