XXI ALAM
Resumo:1197-1


Poster (Painel)
1197-1Comparação entre o método MGIT 960 e Concentração inibitória Mínima para determinação de resistência de M. tuberculosis aos fármacos de segunda linha
Autores:Juliana Failde Gallo (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; Lucilaine Ferrazoli (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; Carmen Maria Saraiva Giampaglia (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; Vera Simonsen (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; Rosangela Siqueira Oliveira (IAL - Instituto Adolfo Lutz)

Resumo

A resistência aos fármacos anti-tuberculose (TB) é atualmente a ameaça mais importante que compromete o controle mundial da TB. A TB multirresistente (TBMDR) é definida como resistência a Isoniazida (INH) e Rifampicina (RIF). TB extensivamente resistente (TB-DXR) além de apresentar resistência a I e R, apresenta também, resistência a qualquer tipo de Fluoroquinolona e pelo menos a um dos três medicamentos injetáveis de 2ª linha, Capreomicina (CA), Kanamicina (KA) e Amicacina (AK). Até 2008, muitos laboratórios realizavam a determinação da resistência aos fármacos de segunda linha pelo método da Concentração Inibitória Mínima (CIM). Em 2008, a Organização Mundial da Saúde recomendou a realização de Teste de Sensibilidade (TS) aos fármacos de 2ª linha pelo método de MGIT 960. Este trabalho teve como objetivo, comparar o CIM dos fármacos AK, CA, KA e Ofloxacina (OF) com método MGIT 960 (padrão ouro). No período de janeiro a dezembro de 2008, foram analisadas 151 isolados de M. tuberculosis (MTB) MR, recebidos pelo Núcleo de Tuberculose e Micobacterioses do Instituto Adolfo Lutz (NTM-IAL). Foram observados 121 (80,13%) resultados concordantes e 30 (19,87%) discordantes. Entre os resultados discordantes, todos mostraram sensibilidade na CIM e resistência no MGIT 960, em vários fármacos. A CIM apresentou sensibilidade de 99,24%, 100%, 100% e 92,3% e especificidade de 88,88%, 9,67%, 23,1% e 76,2% para AK, OF, CA e KA respectivamente, quando comparado ao MGIT 960. A CIM não apresentou boa especificidade, não sendo capaz de detectar a resistência em um elevado número de isolados de MTB resistentes a OF e CA. Entre os 151 isolados TBMDR, havia 17 (11,25%) isolados XDR pelo método MGIT 960. Em 2011 o NTM-IAL participou de um ensaio de proficiência para TS aos fármacos de 2ª linha, com painel de cepas enviado pelo Centro de Referência Prof. Helio Fraga. A metodologia avaliada foi o BACTEC MGIT960, com aprovação de 100% de concordância nos resultados gerados. Estes dados demonstraram que o método de CIM não é eficaz para ser utilizado de rotina na detecção de resistência aos fármacos de segunda linha.


Palavras-chave:  Tuberculose XDR, Tuberculose MDR, Drogas de segunda linha