XXI ALAM
Resumo:1168-3


Poster (Painel)
1168-3OCORRÊNCIA DE CROMOBLASTOMICOSE EM NATAL-RN
Autores:Walicyranison Plinio da Silva (UFRN - Universidade Federal do Rio Grand do Norte) ; Ana Patrícia Vieira de Melo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grand do Norte) ; Guilherme Maranhão Chaves (UFRN - Universidade Federal do Rio Grand do Norte)

Resumo

A cromoblastomicose é uma micose subcutânea crônica evolução lenta. Trata-se de uma infecção mais prevalente em regiões de clima tropical e subtropical. As manifestações clínicas características são o desenvolvimento de lesões verrucosas e ulcerantes principalmente nos membros inferiores, acometendo trabalhadores rurais. O presente trabalho promove o relata um caso de cromoblastomicose diagnosticado na cidade de Natal/ RN. Paciente M.D, 71 anos de idade, sexo masculino, natural e residente em Natal-RN, atendido no Setor de Dermatologia do Hospital Giselda Trigueiro e encaminhado ao Laboratório de Micologia Médica e Molecular (LMMM), do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O paciente relatou ter trabalhado com agricultura durante sua vida no Estado do Pará e que há 20 anos possuía lesão no membro inferior esquerdo. Foi observada uma lesão na forma de placa plana e descamativa no pé esquerdo do paciente. O paciente vem sendo tratado há um ano com Itraconazol e já havia realizado sessões de crioterapia. O exame micológico foi realizado como controle de cura, solicitado pelo Dermatologista. As escamas epidérmicas foram coletadas com bisturi estéril por escarificação, para realização de exame micológico direto e cultura. As escamas epidérmicas foram tratadas com KOH a 20%, sendo visualizados corpos fumagóides ou células muriformes, bem como hifas septadas demáceas. As escamas foram semeadas em 7 pontos equidistantes na superfície de Ágar Sabouraud Dextrose e a placa de Petri incubada à temperatura ambiente por 20 dias. A partir da colônia isolada foi realizada a técnica do microcultivo em Ágar Batata para a visualização das estruturas de reprodução do agente (aspecto micromorfológico). Observou-se na micromorfologia as conidiogêneses do tipo Cladosporium, Phialophora e Rhinocladiella. As colônias apresentaram-se filamentosas, aveludadas, oliváceas, tornando-se enegrecidas com o passar do tempo, concluindo a identificação para Fonsecaea pedrosoi. Os dados apresentados no caso relatado condizem com a epidemiologia da infecção, demonstrando a prevalência dos casos de cromoblastomicose em pessoas vinculadas ao trabalho do campo.


Palavras-chave:  Cromoblastomicose, Epidemiologia, Fonsecaea pedrosoi, Rio Grande do Norte