XXI ALAM
Resumo:1148-1


Poster (Painel)
1148-1Determinação da curva de crescimento de microalgas isoladas de vinhaça
Autores:Patrícia Cristina Gomes (IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná) ; Iara Cintra de Arruda Gatti (IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná / IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná) ; Graziela Moraes de Cesare Barbosa (IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná) ; Antonio Costa (IAPAR - Instituto Agronômico do Paraná)

Resumo

A vinhaça é um resíduo líquido proveniente da destilação da solução obtida do processo de fermentação do caldo da cana-de-açúcar, do melaço, ou da mistura destes. Em virtude do estado do Paraná ser responsável por 7,5% da produção de cana-de-açúcar brasileira, grande quantidade deste resíduo é produzida. A fim de minimizar os efeitos prejudiciais da descarga desses efluentes, avalia-se seu uso para a produção de microalgas. Sua utilização também surge como uma alternativa de reduzir custos de produção na composição dos meios de cultura. A eficiência de uso da vinhaça como meio de cultivo seria aumentada com obtenção de cepas de microalgas adaptadas a esse resíduo. Para o cultivo na vinhaça é necessário estabelecer o comportamento dessas microalgas em meio conhecido (sintético). Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi isolar microalgas de vinhaça e determinar suas curvas de crescimento em meio sintético BBM (Bold Basal Medium). A amostra de vinhaça foi coletada em uma usina de açúcar e álcool situada no distrito de São Martinho, PR. O isolamento da microalga nesse resíduo foi realizado por microdiluição com água destilada e plaqueamento em meio BBM, resultando em duas cepas distintas denominadas de “VIN 1” e “VIN 2”. A determinação das curvas de crescimento foi realizada em câmara de crescimento, no Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, localizado na cidade de Londrina, PR; com temperatura constante de 27°C, com fotoperíodo de 12 h/12 h (claro/escuro) e iluminação de lâmpadas de 65W. Os cultivos foram realizados em duplicatas, o volume inicial foi de 500 mL de meio BBM autoclavado acrescido de 10% de inóculo. O inóculo inicial da microalga VIN 1 foi de 2,28 x 106 células ml-1 e da microalga VIN 2 foi de 2,25 x 106 células ml-1. Diariamente foi monitorado o pH e realizado a contagem de células em câmara de Neubauer. As curvas de crescimento foram elaboradas utilizando a média da contagem celular diária. O pH inicial da VIN 1 foi 6,87, o seu valor máximo foi de 10,45 no 16º dia; o pH inicial da VIN 2 foi 6,91 e seu valor máximo ocorreu no 14º dia com valor de 10,58. A maior taxa de crescimento para a VIN 1 ocorreu no 25º dia com 1,64 x107 células ml-1 quando o pH foi de 9,65. Para a VIN 2 a maior taxa de crescimento ocorreu no 20º dia com 6,43 x 106 células ml-1 quando o pH foi de 8,78. Pode-se concluir que nas mesmas condições de cultivo em meio BBM, as maiores taxas de crescimento das duas cepas distintas de microalgas ocorreram em períodos e valores de pH diferentes.


Palavras-chave:  resíduos, vinhaça, microalgas