XXI ALAM
Resumo:1103-1


Poster (Painel)
1103-1Burkholderia spp : HIDROFOBICIDADE, ADESÃO A CÉLULAS E SUPERFÍCIES INANIMADAS E FORMAÇÃO DE BIOFILME
Autores:Francyelle Costa Moraes (UNICEUMA - UNIVERSIDADE CEUMA) ; Andréia Meneses da Silva (UNICEUMA - UNIVERSIDADE CEUMA) ; Luís Henrique Bastos Gonçalves (UNICEUMA - UNIVERSIDADE CEUMA) ; Valério Monteiro Neto (UNICEUMA - UNIVERSIDADE CEUMA) ; Patricia de Maria Silva Figueirêdo (UNICEUMA - UNIVERSIDADE CEUMA)

Resumo

Introdução: Burkholderia spp é um bacilo Gram-negativo não fermentador oportunista, comumente envolvido em graves infecções nosocomiais. Este patógeno consegue sobreviver e proliferar em uma diversidade de locais, inclusive cateteres intravasculares e equipamentos médico-hospitalares. Sua capacidade hidrofóbica pode desempenhar um papel importante na adesão a tecidos vivos e superfícies inanimadas, favorecendo assim a formação de biofilme. Tais mecanismos de virulência são responsáveis pela resistência às defesas imunológicas e aos antibióticos, agravando as infecções causadas por tal microrganismo. O presente trabalho teve por objetivo pesquisar a hidrofobicidade, adesão a células e superfícies inanimadas e formação de biofilme em amostras clínicas de Burkholderia spp. Materiais e Métodos: Foram avaliadas 14 amostras de Burkholderia spp oriundas de amostras clínicas. A hidrofobicidade foi avaliada em concentrações crescentes (0,5-3,0M) de sulfato de amônia. Para o teste de adesão utilizou-se células humanas (Vero, Hep-2 e Pneumócitos) e superfícies inanimadas (lamínulas de vidro e silicone). A formação de biofilme foi constatada através de semeadura em Ágar Vermelho Congo e placas de poliestireno pelo método Cristal Violeta. Resultados e Discussão: A avaliação da hidrofobicidade demonstrou a formação de grumos nas maiores concentrações de sulfato de amônio (2,5M e 3M) diante todas as cepas avaliadas, fato que está relacionado com a interação da bactéria e a célula do hospedeiro ou material a ser colonizado. Para a adesão em superfícies inanimadas o resultado não foi diferente, 100% das amostras aderiram fortemente ao vidro e ao silicone. A análise microscópica também confirmou esse mesmo percentual de positividade para a adesão às linhagens de células avaliadas (Vero, Hep-2 e Pneumócitos). Além disso, foi possível verificar que 66,6%, 75% e 50% destes microrganismos foram capazes de vacuolizar as células Vero, Hep-2 e Pneumócitos respectivamente, evidenciando a invasão à célula, evento relevante a patogênese bacteriana. A formação de biofilme pelo método da placa de poliestireno mostrou que nenhuma amostra foi produtora forte, 61,5% foram moderadas e 38,5% fracas. Diante do Ágar Vermelho Congo, apenas 28,5% das cepas apresentaram a coloração negra que demonstra a formação do biofilme, virulência que induz a resistência antimicrobiana reduzindo as opções terapêuticas para combater a infecção em questão.Conclusão: Constatou-se in vitro, que a Burkholderia spp possui habilidade hidrofóbica relevante para a adesão a superfícies biológicas e inanimadas e formação de biofilme.


Palavras-chave:  ADESÃO, BIOFILME, Burkholderia spp, HIDROFOBICIDADE