Resumo

Os solos de terra firme da Amazônia possuem alta acidez e concentração de alumínio tóxico devido a alta lixiviação de bases trocáveis. Uma alternativa para práticas de baixos insumos agrícolas é a utilização da simbiose leguminosa-rizóbio, pois, mesmo os fatores predominantes nos solos da Amazônia, como pH ácido e alta concentração de alumínio tóxico que podem diminuir a população desses microrganismos no solo, existem, algumas estirpes de rizóbios que podem desenvolver mecanismos de tolerância a esses fatores estressantes. A utilização dessas estirpes tolerantes pode aumentar a fixação biológica em solos ácidos e reduzir a aplicação de nitrogênio e fósforo, de acordo com os princípios da agricultura ecológica e economicamente sustentável. Foram estudados 25 rizóbios isolados de nódulos dos sistemas radiculares de leguminosas em solos de terra firme e de várzea do município de Iranduba. O método consistiu em avaliar os isolados de rizóbios em placas de Petri com meio de cultura YMA, com pH 6,5 (controle) e pH 4,5 + 2 cmolc(+) de Al como AlCl3) usando-se notas de 1,0 (sem crescimento visível) a 4,0 (máximo crescimento). Pontuações intermediárias também foram dadas com intervalos de 0,25. Quatro repetições foram usadas para cada rizóbio em cada meio. O método de avaliação foi o crescimento dos rizóbios nos meios durante 3, 6, 9, 12 e 15 dias, sendo considerados tolerantes os que apresentaram valores médios acima de 3,06. Os resultados indicaram que todos os rizóbios foram tolerantes em pH 4,5 com alumínio no final do experimento. Alguns isolados apresentaram pontuações maiores do que 3,06 com dois dias de crescimento. Esses resultados são importantes para futuras utilizações de rizóbios que apresentam habilidade em tolerar acidez e alumínio tóxico nas condições de solos ácidos da Amazônia. Agradecimentos: À FAPEAM