XXI ALAM
Resumo:1084-1


Poster (Painel)
1084-1Isolamento e identificação de micobactérias ambientais provenientes da Fundação Parque Zoológico de São Paulo
Autores:Urze Adomaitis Brianesi (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Ariane Silveira Santiago (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Julio Cezar Franco Oliveira (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Cristina Viana Niero (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo)

Resumo

O gênero Mycobacterium apresenta tempo de geração longo quando comparado à outras bactérias. Em virtude desta característica, o isolamento de micobactérias requer tratamento prévio com ácidos e/ou bases a fim de eliminar outros grupos de microrganismos associados à amostra, este tratamento é denominado de descontaminação. Vários métodos são relatados na literatura, porém não há um consenso de qual é o ideal para amostras ambientais. O presente trabalho teve por objetivo a avaliação de quatro métodos de descontaminação de amostras de água de nascente, lago, efluente bruto e tratado da Fundação Parque Zoológico de São Paulo e identificação por caraterísticas fenotípicas e moleculares. As amostras foram concentradas por filtração em membranas de 0,45 μm de porosidade e em seguida descontaminadas pelos métodos Petroff, cloreto de cetilpiridínio (CPC) a 0,05%, ácido sulfúrico (H2SO4) a 4% e SDS3%/NaOH1%, semeadas em Löweinstein-Jensen (LJ) e Middlebrook 7H10-OADC-PANTA. A identificação inicial das amostras foi realizada por testes fenotípicos (velocidade de crescimento e pigmentação) e o método molecular PRA-hsp65 (PCR-restriction enzyme analysis). Foi possível recuperar maior número de micobactérias pelos métodos CPC nas amostras de água da nascente e do lago e pelo método SDS/NaOH nas amostras dos efluentes bruto e tratado. Foi obtido um total de 100 isolados micobacterianos sendo que 62% cresceram em LJ e 38% em 7H10-OADC-PANTA. Destes isolados, 47 foram analisados de acordo com as características fenotípicas e PRA-hsp65. A análise conjunta dos resultados permitiu identificar 9 isolados (19%) no nível de espécie e 38 (81%) apresentaram 31 novos perfis de PRA-hsp65. Pudemos concluir a importância de testar diferentes métodos de descontaminação para tipos distintos de amostras ambientais. Podemos afirmar que existe biodiversidade de micobactérias nas amostras analisadas e que os métodos de identificação empregados representaram uma primeira etapa deste estudo e que serão necessários sequenciamentos de genes essenciais para finalizar a identificação filogenética dos isolados ambientais de micobactérias.


Palavras-chave:  Micobactérias ambientais, Descontaminação, PRA-hsp65