XXI ALAM
Resumo:1019-2


Poster (Painel)
1019-2Perfil de sensibilidade de bactérias anaeróbias isoladas de pacientes atendidos no Fleury Medicina Diagnóstica
Autores:Juliana Possatto Takahashi (FLEURY S.A - Grupo Fleury) ; Jorge Luiz Mello Sampaio (FLEURY S.A - Grupo Fleury)

Resumo

No Brasil, o isolamento e identificação de bactérias anaeróbias a partir de materiais clínicos e a determinação da susceptibilidade aos agentes antimicrobianos são restritos a poucos laboratórios de análises clínicas e institutos de pesquisa. Na maioria dos casos o tratamento para suspeitas de casos de infecção por anaeróbios é decidido com base em dados encontrados na literatura cientifica internacional. Esses dados evidenciam que a resistência antimicrobiana entre bactérias anaeróbias tem aumentado significativamente nas últimas três décadas. O conhecimento do perfil de sensibilidade de anaeróbios no Brasil seria potencialmente de grande utilidade face à ausência de dados recentes e a necessidade de tratamento empírico. Foi realizado um levantamento, na base de dados do Fleury Medicina Diagnóstica, dos antibiogramas para anaeróbios referente ao período de 01/01/2007 a 31/12/2010. A identificação das espécies foi realizada utilizando-se o sistema Vitek ou Vitek 2 e o teste de sensibilidade foi realizado utilizando-se o Etest seguindo as recomendações do fabricante e testando-se os seguintes antimicrobianos: penicilina, metronidazol, imipenem e clindamicina. No período de 01/01/2007 a 31/12/2010 foram realizados 342 testes de sensibilidade de anaeróbios, sendo 297 bacilos gram-negativos, 16 bacilos gram-positivos, 28 cocos gram-positivos e apenas 1 coco gram negativo. O gênero mais freqüente foi Bacteroides, seguido por Prevotella. As porcentagens de sensibilidade foram: Bacteroides (clindamicina 69,5%, imipenem 99,3%, metronidazol 98,7% e penicilina 9,9%); Fusobacterium (clindamicina 88%, imipenem 100%, metronidazol 96% e penicilina 88%); Prevotella (clindamicina 57,1%, imipenem 100%, metronidazol 87,5% e penicilina 59,4%); Clostridium (clindamicina 83,8%, imipenem 100%, metronidazol 100% e penicilina 91,6%); grupo de cocos gram positivos (clindamicina 81,8%, imipenem 100%, metronidazol 100% e penicilina 100%). Os perfis de sensibilidade encontrados são semelhantes aos descritos na literatura internacional, com maior taxa de resistência para penicilina G e clindamicina e maior sensibilidade para imipenem e metronidazol.


Palavras-chave:  Anaeróbias, Bactérias, sensibilidade