XXI ALAM
Resumo:980-2


Prêmio
980-2Perfil de suscetibilidade antimicrobiana de isolados de Acinetobacter baumannii produtores de OXA-24 e OXA-143 provenientes de cinco estados brasileiros.
Autores:Thiago Pavoni Gomes Chagas (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Ivson Cassiano de Oliveira Santos (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Karyne Rangel Carvalho (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Hilda Ramos Ruf (LACEN-BA - Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz) ; Marilete Luiza Zago Toebe (LACEN-MT - Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso) ; Carlene de Fátima Moraes Alves (LACEN-MG - Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais) ; Valdelúcia Oliveira Cavalcanti (LACEN-PE - Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra So) ; Telma Riffel (LACEN-SC - Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina) ; Marise Dutra Asensi (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

No Brasil, Acinetobacter baumannii tem sido problemático pela sua prevalência e seus padrões de resistência, com muitos relatos envolvendo a produção de oxacilinases como principal mecanismo de resistência aos antimicrobianos. O estudo determinou o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos de isolados de A. baumannii produtores de OXA-24 e OXA-143. Foram analisados nove isolados de A. baumannii encaminhados pelos laboratórios centrais de saúde pública dos estados da Bahia (n=2), Mato Grosso (n=3), Minas Gerais (n=2), Pernambuco (n=1) e Santa Catarina (n=1). A re-identificação dos isolados foi realizada por provas bioquímicas e através da PCR para o gene blaOXA-51. A suscetibilidade aos antimicrobianos foi testada através do teste de difusão em ágar de acordo com o CLSI (2011). Foram utilizados os antibióticos: amicacina, ciprofloxacina, ceftazidima, piperacilina-tazobactam, imipenem, meropenem, cefepime, ampicilina-sulbactam e sulfametoxazol-trimethoprim. Além disso, a suscetibilidade à polimixina B e à tigeciclina também foi investigada através de E-test. A detecção de blaOXA-24-like e blaOXA-143-like foi feita por PCR. Três isolados de Mato Grosso foram positivos para a detecção de OXA-24-like. Os isolados caracterizados como positivos para blaOXA-143-like foram provenientes da Bahia (n=2), Minas Gerais (n=2), Pernambuco (n=1) e Santa Catarina (n=1). Todos os isolados caracterizados como OXA-24-positivo apresentaram resistência a todos os antibióticos testados; e a concentração inibitória mínima (CIM) para polimixina B e tigeciclina variou de 0.19mg/L a 0.38mg/L e 2mg/L a 3mg/L respectivamente. Os seis isolados positivos para blaOXA-143-like, foram resistentes à amicacina, piperacilina-tazobactam, ciprofloxacina, ceftazidima, cefepime, imipenem e meropenem. Entre estes isolados, a CIM para polimixina B e tigeciclina variou de 0.25mg/L a 0.38mg/L e 1mg/L a 4mg/L respectivamente. A resistência bacteriana é um problema médico crescente em todo o mundo e a disseminação compreende uma preocupação recorrente. Nesta perspectiva, A. baumannii resistentes estabelecem um grande desafio à terapia antimicrobiana e a sua disseminação e de seus genes de resistência alertam para a necessidade da caracterização dos seus perfis e padrões de suscetibilidade.


Palavras-chave:  A. baumannii, resistência, infecção hospitalar, oxacilinases