XXI ALAM
Resumo:924-1


Poster (Painel)
924-1Formação de biofilme em tubos por amostras de Escherichia coli enteropatogênica atípica (EPECa) sob diferentes condições de cultivo e pesquisa de fímbrias
Autores:Cristiane Moda Mota (IBU - Instituto Butantan) ; Hebert Fabricio Culler (IBU - Instituto Butantan) ; Marcelo Palma Sircili (IBU - Instituto Butantan) ; Marcia Regina Franzolin (IBU - Instituto Butantan)

Resumo

EPEC tem sido identificada como o principal agente de diarreia aguda em crianças de países em desenvolvimento, predominando a EPEC atípica. A formação de biofilme está associada com a persistência bacteriana e a resistência à ação de antimicrobianos. O objetivo deste estudo foi verificar a influência de diferentes condições de cultivo na aderência de EPECa em tubos, além de pesquisar a presença de exopolissacarídeo (EPS) e dos genes crl, csgA e fimH, e as expressões da fímbria curli e da fímbria tipo I. 23 amostras foram submetidas ao ensaio de formação de biofilme em tubos, a 26°C e 37°C, empregando os meios: Luria Bertani, (LB), LB sem NaCl, caldo E. coli e meio mínimo M9. Foi estudado o potencial de produção de EPS através de centrifugação. A presença dos genes csgA, crl e fimH foi verificada através de PCR. A expressão da fímbria curli foi observada após cultivo em ágar Vermelho Congo e a expressão da fímbria tipo I através de ensaio de aglutinação com Sacharomyces cerevisae. A formação de biofilme em tubos a 26°C foi positiva para a maioria das cepas estudadas, em todos os meios, ao contrário das amostras incubadas a 37°C, com menos de 15% de positividade, salientando a importância da capacidade de permanência no meio ambiente, representando um reservatório. Em caldo E. coli, se destacou em ambas temperaturas, em quase 100% das amostras, sendo que 95,6% das amostras cultivadas em LB apresentaram formação de película, 91,3% em LB sem NaCl e 39,1% em M9 a 26°C. Apenas 17,4% das amostras produziram EPS nas condições estudadas. Todas as amostras foram positivas para o gene crl, e 26% foram positivas para csgA. No entanto, apenas 37,4% expressaram a fímbria curli. Em 95,6% das amostras foi constatada a presença do gene fimH, enquanto que a expressão da fímbria tipo I ocorreu em 74%. A capacidade de formação de biofilme pode ser melhor evidenciada empregando meio de cultura que mais se aproxima do conteúdo gastrointestinal do ser humano (caldo E. coli), indicando o alto potencial de resistência dessas amostras no ambiente e no hospedeiro. Apesar da relativa expressão das fímbrias curli e tipo I, nem todas as cepas formaram biofilme nos outros meios de cultura, indicando que outras fímbrias e/ou adesinas possam influenciar a formação de biofilme em EPECa, sendo necessário buscar outros fatores que possam contribuir em maior escala nesse processo.


Palavras-chave:  Biofilme, EPECa, Escherichia coli