XXI ALAM
Resumo:864-1


Poster (Painel)
864-1Diagnóstico e acompanhamento sorológico da Paracoccidioidomicose: imunodifusão dupla ou ELISA?
Autores:Maralisi Coutinho Barbosa (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Luiz Cosme Cotta Malaquias (UNIFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Henriky Breda Rafalski (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Aloísio Falqueto (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Mariceli Lamas Araújo (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Paulo Mendes Peçanha (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Aline Lyra Pereira (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO) ; Tânia Regina Velloso Grão (UFES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO)

Resumo

A paracoccidioidomicose (PMC) é uma micose profunda grave causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis (Pb). A infecção pode ser classificada nas formas crônica ou disseminada, “tipo adulto”, e na forma aguda ou subaguda, “tipo juvenil”. A doença é restrita ao continente americano, onde o Brasil aparece com o maior número de casos. O diagnóstico da infecção, em geral, se faz por imunodifusão dupla (IDD), porém podem apresentar resultado falso negativo. Outros testes podem auxiliar no diagnóstico como o teste de ELISA (Enzime-linked immunosorbent assay). Neste trabalho foram utilizados ambos os testes com o objetivo de selecionar o mais adequado para rotina diagnóstica e acompanhamento farmacoterapêutico da PCM. Os testes foram feitos no momento do diagnóstico ou acompanhamento, e após alguns meses de tratamento. A análise dos soros ocorreu com intervalos variáveis de 4 a 10 meses devido à dificuldade no retorno dos pacientes. Foram analisados 23 soros, sendo três do sexo feminino e 20 masculino. Dois casos corresponderam a pacientes sem PCM, sendo em um deles diagnosticado Aspergilose, com sorologia negativa para PCM, apesar da possibilidade de reação cruzada descrita na literatura. Assim, dos 21 pacientes que deveriam retornar para o 2º momento, cinco não o fizeram. Dos 17 restantes, sete estavam em acompanhamento do tratamento e dez iniciaram o tratamento após o diagnóstico clínico-sorológico. No primeiro momento obteve-se concordância entre os testes em 19 casos. Nos quatro casos discordantes, 3 possuíam IDD negativa, porém ELISA positivo, justificado pela alta sensibilidade deste último, ou mesmo baixa afinidade dos anticorpos. No entanto, em um caso a IDD foi positiva e ELISA negativo, talvez por "desestabilização" dos anticorpos pelo intervalo entre a realização da IDD e ELISA. Dos 17 soros analisados no 2º momento houve concordância dos testes em 15 casos. Em dois casos novamente teve-se IDD negativa e ELISA positivo. Verificou-se negativação de ambos os testes nos casos com baixa titulação inicial da IDD e eficácia do tratamento. Conclusão: Aplicado o índice Kappa, os testes de IDD e ELISA apresentaram concordância moderada. A técnica de ELISA, correlacionada com a clínica, se mostrou confiável como segundo teste para avaliação da infecção. Porém, é necessária uma amostra maior para avaliar o índice de ocorrência de reações cruzadas e falso positivo, pela alta sensibilidade do teste.


Palavras-chave:  Paracoccidioidomicose, ELISA, resposta imune, imunodifusão dupla