XXI ALAM
Resumo:816-1


Prêmio
816-1Potencial patogênico de linhagens de Yersinia enterocolitica biotipo 2 de origens diversas isoladas no Brasil
Autores:Miliane Rodrigues Frazão (FCFRP-USP - Fac. de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP) ; Juliana Pfrimer Falcão (FCFRP-USP - Fac. de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP)

Resumo

Introdução: Dentre as espécies de Yersinia, a Y. enterocolitica é o patógeno de maior prevalência entre humanos e animais. Essa espécie provoca uma série de sintomas clínicos intestinais e extra-intestinais que podem variar de uma gastrenterite branda a uma linfadenite mesentérica e septicemia. Y. enterocolitica é classificada em seis biotipos e as variedades patogênicas enquadram-se nos biotipos 1B, 2, 3, 4 e 5, sendo que no Brasil os biotipos 2 e 4 são os mais frequentemente isolados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial patogênico de 40 linhagens de Yersinia enterocolitica biotipo 2 isoladas de ambiente, animal e humanos através da pesquisa de marcadores de virulência. Materiais e métodos: Foram estudadas 40 linhagens de Yersinia enterocolitica biotipo 2 isoladas de ambiente (n=34), animal (n=1) e humanos (n=5) no Brasil, entre os anos de 1979 e 1998. Foram pesquisados 11 marcadores de virulência inv, ail, ystA, ystB, virF, fes, fepA, fepD, hreP, myfA e tccC por PCR. As amplificações foram feitas com 50ng de DNA molde, 2mM MgCl2, 1U Recombinante Taq DNA polimerase, 1X tampão para PCR, 0,2mM de cada dNTP, e 25pmol de primer foward e reverse específicos para cada um dos 11 genes. As condições da PCR foram: desnaturação inicial a 94ºC por 5 min, 30 ciclos constituídos de separação das fitas (94°C por 45s), hibridação dos primers (45s na temperatura de hibridação para cada gene) e extensão (72°C por 1 min), seguidos de extensão final de 15 min a 72ºC. As temperaturas de hibridação foram 61ºC, 55ºC, 60ºC, 61ºC, 60ºC, 64ºC, 54ºC, 53ºC, 68ºC, 58ºC e 52ºC para os genes inv, ail, ystA, ystB, virF, fes, fepA, fepD, hreP, myfA e tccC, respectivamente. Após as reações de PCR, os produtos de amplificação foram submetidos à eletroforese horizontal em gel de agarose, corados com solução de brometo de etídeo e observados em transluminador ultravioleta para a verificação da presença ou ausência de bandas. Resultados: Todas as linhagens apresentaram os genes inv, ail, ystA, hreP, tccC e myfA. Nenhuma linhagem apresentou os genes ystB e fepA . Os genes fepD, e fes foram encontrados em 39 (97,5%) linhagens. O gene virF foi encontrado em 3 (7,5%) linhagens. Conclusão: A presença da maioria dos marcadores de virulência estudados evidencia o potencial patogênico de linhagens de Yersinia enterocolitica biotipo 2 de origens diversas isoladas no Brasil.


Palavras-chave:  marcadores de virulência, PCR, Yersinia, Yersinia enterocolitica biotipo 2