XXI ALAM
Resumo:810-1


Poster (Painel)
810-1Pseudomonas aeruginosa produtora de metalo-betalactamases blaSPM-1 em Belém do Pará - Região Norte do Brasil.
Autores:Eliseth Costa Oliveira de Matos (UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Wana Lailan Oliveira da Costa (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; Marilia L. Conceição (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; Ana Judith Garcia (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; Irna Carla do Rosário Carneiro (UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ / UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Adriana Giannini Nicoletti (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Ana Cristina Gales (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Karla Valeria Batista Lima (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS / UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Resumo

As P. aeruginosa vem ganhando importância nos últimos anos, pela sua maior frequência como agentes de quadros infecciosos graves. Produzem enzimas responsáveis por resistência antimicrobiana entre elas as metalo-β-lactamases (MβL). A proposta deste estudo foi detectar produção de MβL por P. aeruginosa provenientes de diferentes espécimes clínicos de pacientes internados em unidade de terapia intensiva em Hospital Escola de Belém. Trata-se de um estudo prospectivo transversal com abordagem quantitativa. Os espécimes clínicos coletados (sangue, urina, secreção traqueal, cateter, lavado bronco-alveolar, secreção ocular, swab retal, etc.) foram semeados em Agar MacConkey, identificados pela metodologia automatizada Vitek-2 e complementado com o teste da oxidase, fermentação no ágar TSI (Triplice sugar iron), e produção de pigmento. Para a análise de susceptibilidade aos antimicrobianos foi utilizada a metodologia automatizada Vitek-2, com determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM). Todas as amostras foram submetidas ao teste de sinergismo com duplo disco, utilizando ácido 2-mercaptopropiônico. Para identificação de resistência, foi realizada amplificação utilizando primers para os genes que codificam as MβL IMP, SPM e VIM. Dos 78 isolados de P. aeruginosa, 48 (61,5%) foram da UTI adulto, 19 (24,3%) da UTI neonatal e 11 (14,1%) da UTI pediátrica. Destes dados obteve-se um perfil de resistência de 63,6% para Imipenem e 54,5% para o meropenem com MIC90% de 16,0 para o imipenem e MIC50% de 1,0 e MIC90% de 16,0 para o meropenem. Do total de isolados quatro amostras foram positivas para o gene blaSPM-1, sendo negativas para blaIMP-1 e blaVIM-1. Com estes dados registra-se o primeiro relato na literatura de detecção do gene blaSPM-1 na região Norte do Brasil, muito embora já tendo sido identificado nas regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-oeste. Todas apresentaram perfil fenotípico de resistência característico aos relatados na literatura. Estes dados reforçam a necessidade da investigação epidemiológica deste gene e a análise periódica dos perfis de resistência para este patógeno a nível hospitalar para melhor compreensão nos padrões e evolução desta resistência bacteriana.


Palavras-chave:  Resistência Bacteriana, Pseudomonas aeruginosa, Infecção Hospitalar