XXI ALAM
Resumo:808-1


Poster (Painel)
808-1Fatores de risco independentes para mortalidade em pacientes com bacteremia por Pseudomonas aeruginosa: impacto clínico da resistência e do tratamento inadequado na evolução.
Autores:Raquel Cristina Cavalcanti Dantas (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Vivieni Vieira Prado Almeida (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Renata Cristina Cezário (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Paulo Pinto Gontijo-filho (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Rosineide Marques Ribas (UFU - Universidade Federal de Uberlândia)

Resumo

Introdução: O impacto clínico de Pseudomonas aeruginosa (PA) resistentes no sangue permanece obscuro, apesar de sua alta incidência. Objetivo: Avaliar os fatores preditores de mortalidade e o impacto da resistência antimicrobiana e da terapia inadequada na evolução dos pacientes com bacteremia por PA. Metodologia: O banco de dados do laboratório de microbiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (hospital terciário com 530 leitos) foi revisado para identificar pacientes com bacteremia por PA no período de maio/2009 a dezembro/2011. Somente o primeiro episódio de bacteremia foi incluído. Os fatores de risco para resistência foram avaliados comparando pacientes com bacteremia por PA resistente versus sensível. A mortalidade hospitalar foi avaliada 30 dias após diagnóstico da infecção. Os testes t Student e Mann-Whitney foram utilizados para variáveis contínuas, e X2 e Exato de Fisher para variáveis categóricas. A curva se sobrevivência foi preparada utilizando estimativa de Kaplan-Meier. Para identificar os fatores de risco independentes foi utilizado modelo de regressão logística múltipla, incluindo apenas variáveis significantes (p<0,05) na análise univariada. Resultados: Dos 120 casos de bacteremia por PA as taxas de resistência a cefalosporina de 3ª geração, cefepime, piperacilina/tazobactam, fluorquinolona e aminoglicosídeo foram: 55%, 42,5%, 35,8%, 45,8%, 45% e 45%, respectivamente. A resistência foi associada ao uso prévio de antibióticos principalmente carbapenêmicos e fluorquinolonas, hemodiálise e traqueostomia, tempo de internação prévio a infecção ≥ 30 dias e origem pulmonar da sepse. A mortalidade foi associada à resistência a cefepime, com terapia inadequada significativa, também observado no grupo multiresistente. A mortalidade em 30 dias nos pacientes que receberam terapia inadequada, independente de grupo resistente ou sensível, foi superior a 70%. A mortalidade foi de 41,7% associada a terapia inadequada; relação confirmada pela curva de sobrevivência, e à presença de câncer e HIV. Conclusão: A emergência de cepas resistentes esta associada ao uso prévio de antibióticos e maior tempo de internação. Pior evolução foi observada entre o grupo resistente a cefepime, com maior frequência de seu uso inadequado. No total, a mortalidade foi fortemente associada a terapia inadequada e doença de base grave. Apoio: FAPEMIG


Palavras-chave:  Fatores de risco, Bacteremia, Pseudomonas aeruginosa, Resistência antimicrobiana, Mortalidade