XXI ALAM
Resumo:792-1


Poster (Painel)
792-1COMPARAÇÃO ENTRE O TESTE DE ELISA UTILIZANDO ANTÍGENO TRATADO COM METAPERIODATO DE SÓDIO E COM ANTÍGENO BRUTO NO DIAGNÓSTICO DE PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Autores:Ana Paula Ribeiro (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Luiz Cosme Cotta Malaquias (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Barbara Ramalho Peres (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Luiz Felipe Leomil Coelho (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Evandro Monteiro S. Magalhães (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Zoilo Pires de Camargo (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Luiz Alberto Beijo (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Priscila Oliveira Santos (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Roberta Ribeiro Silva (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas) ; Sônia de Souza Lima Paes (SMS - Secretaria Municipal de Saúde Alfenas) ; Maria Rita Rodrigues (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas)

Resumo

Introdução A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica granulomatosa crônica, endêmica em países da América Latina e causada pelo fungo termo-dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. A infecção inicialmente é assintomática. A doença se manifesta na forma crônica, predominante em adultos e nas formas aguda e subaguda quando acomete jovens. Se não diagnosticada e tratada oportunamente, pode levar a formas disseminadas graves e letais, com rápido e progressivo envolvimento dos pulmões, tegumento, gânglios, baço, fígado e órgãos linfóides do tubo digestivo. Os testes comumente usados no diagnóstico da paracoccidioidomicose são os testes de reação intradérmica (IDR), imunodifusão radial dupla (ID), ELISA e western blot. O teste de ELISA pode ser utilizado para substituir com superioridade as intradermorreações utilizadas em estudos epidemiológicos sobre a PCM uma vez que não é invasivo, permite grandes amostragens e indica a sensibilização. Materiais e métodos Em uma amostra de 235 soros da zona rural de Alfenas, trabalhadores ou ex-trabalhadores na lavoura de café, expostos ao P. Brasiliensis, foram realizados testes de ELISA com antígeno bruto, e ELISA utilizando uma glicoproteína específica do fungo de 43kD(gp43), tratada com metaperiodato de sódio, para reduzir reações cruzadas, pois, a gp 43 contém epítopos de carboidratos que podem ser reconhecidos por soros heterólogos que contenham anticorpos contra outras doenças fúngicas. Discussão dos resultados O percentual de resultados positivos no teste de ELISA com a gp43 tratada com metaperiodato de sódio foi de 32% e no teste de ELISA utilizando o antígeno de P. brasiliensis bruto foi de 55%. Obteve-se um aumento de 23% de resultados negativos no teste de ELISA com gp43 tratada com metaperiodato de sódio, em relação à ELISA com antígeno bruto, é devido a purificação da gp43 e o uso do metaperiodato de sódio, aumentando a especificidade do método. O teste estatístico de Kappa empregado para comparação entre os dois testes de ELISA foi de K = 0.1559 e p valor = 0.0037, sugerindo uma fraca concordância entre esses testes. Conclusão O uso de metaperiodato para tratamento da gp43 elimina resultados falsos positivos e reações cruzadas com outros fungos. Este trabalho mostrou uma fraca concordância entre o teste de ELISA convencional a ELISA com gp43 tratada com metaperiodato de sódio. Portanto, ainda são necessários novos estudos que empreguem o teste de ELISA como ferramenta segura no diagnóstico de paracoccidioidomicose.


Palavras-chave:  paracoccidioidomicose, metaperiodato de sódio, ELISA