XXI ALAM
Resumo:761-1


Poster (Painel)
761-1Caracterização fenotípica e genotípica de Candida dubliniensis entre amostras isoladas de crianças com aids
Autores:Carina Domaneschi (FOUSP - Faculdade de Odontologia da USP) ; Harisson Oliveira Livério (FOUSP - Faculdade de Odontologia da USP) ; Angela Nishikaku (LEMI - Laboratório Especial de Micologia – Universidade Federal de) ; Karina Bellinghausen Merseguel (LEMI - Laboratório Especial de Micologia – Universidade Federal de) ; Claudete Rodrigues Paula (ICB - Instituto de Ciências Biomédicas da USP) ; Luciana da Silva Ruiz (ICB - Instituto de Ciências Biomédicas da USP)

Resumo

Algumas lesões da mucosa bucal em pediatria são consideradas primeiro diagnóstico da aids, como a candidose bucal recorrente. Candida dubliniensis tem atraído a atenção de pesquisadores, pois esta levedura apresenta características fenotípicas e genotípicas semelhantes às da C. albicans, porém, ainda há poucos estudos desta na população pediátrica. Os objetivos do estudo foi avaliar, através de métodos fenotípicos, a prevalência de C. dubliniensis entre amostras isoladas de crianças com aids e confirmar geneticamente as espécies existente. Um total de 40 amostras identificadas inicialmente como C. albicans mantidas em micoteca e isoladas de crianças com aids, foram cultivadas em ágar Sabouraud dextrose. Após incubação os isolados foram submetidos a semeadura em meio Chromagar Candida seguido por incubação a 30ºC por até cinco dias, e semeadura em ágar Sabouraud dextrose para testar sua capacidade em crescer a uma temperatura de 45ºC. A presença, na placa de Chromagar Candida, de colônias verde escura e ausência de crescimento à 45ºC são características típicas de C. dubliniensis. A presença de clamidoconídios no ágar Staib é um indicativo de C. dubliniensis. No teste genotípico, foi realizada PCR utilizando “primers” para amplificação de fragmentos da região ITS do DNAr, com posterior sequenciamento dos fragmentos amplificados. Das 40 amostras semeadas no meio Chromagar Candida, observamos que um total de 35 exibiram coloração verde claro enquanto as outras cinco amostras apresentaram coloração verde escura. Na incubação a 45ºC em Ágar Sabourad foi observado que apenas seis amostras não cresceram sob esta condição. No teste realizado no meio ágar Staib somente duas amostras apresentaram clamidoconídeos, sendo que estas duas amostras eram de coloração verde claro no Chromagar Candida e tiveram crescimento positivo no teste de termotolerância. No teste genotípico houve confirmação de duas espécies para Candida dubliniensis e ambas eram verde claro e tiveram crescimento no teste de termotolerância. No meio Staib uma destas amostras apresentou a formação de clamidoconídeo. A utilização de Chromagar Candida associado ao teste de termotolerância e o microcultivo no meio Staib, sugeriram a presença de C. dubliniensis entre as amostras estudadas, no entanto não houve concordância entre os testes. No teste genotípico houve confirmação de duas espécies.


Palavras-chave:  Candida dubliniensis, agar Staib, aids