XXI ALAM
Resumo:718-3


Poster (Painel)
718-3Isolamento de microrganismos resistentes a carbapenêmicos em um hospital público de Dourados/MS
Autores:Kesia Esther da Silva (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues (UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista) ; Flávia Patussi Correia Sacchi (HU-UFGD - Hospital Universitário de Dourados) ; Nathalie Gaebler Vasconcelos (HU-UFGD - Hospital Universitário de Dourados) ; Mariana Trinidad Ribeiro da Costa Garcia Croda (HU-UFGD - Hospital Universitário de Dourados / UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Julio Henrique Rosa Croda (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Fabio Juliano Negrão (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Wirlaine Glauce Maciel (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Simone Simionatto (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados)

Resumo

A disseminação das infecções hospitalares decorre de contaminações cruzadas, pela grande rotatividade de pessoas no local e pelo uso indiscriminado de antibióticos, constituindo um sério problema quanto à morbidade, mortalidade e gastos com internação e principalmente trazem a ameaça constante de disseminação de bactérias multirresistentes. A grande consequência do uso indiscriminado de antibióticos carbapenêmicos é o agravamento da resistência bacteriana diminuindo as opções terapêuticas. O objetivo deste estudo foi identificar em quais alas hospitalares há uma maior incidência de microrganismos resistentes a carbapenêmicos e catalogar um banco de culturas microbianas contendo espécies produtoras de carbapenemases. As amostras foram coletadas de um hospital público e as cepas identificadas através de coloração de Gram e testes bioquímicos. A susceptibilidade a carbapenêmicos foi pesquisada através do teste de difusão de disco seguindo as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2012), com os seguintes antibióticos: amicacina, ampicilina, ampicilina/sulbactam, aztreonam, cefalotina, cefeprime, cefoxitina, ceftazidima, ceftriaxona, cefuroxima, ciprofloxacim, clorafenicol, ertapenem, gentamicina, imipenem, meropenem, nitrofurantoína, norfloxacim, piperacilina/tazobactam, sulfazotrim, tetraciclina e trobamicina. Durante sete meses de estudo foram isoladas 61 cepas bacterianas resistentes aos carbapenêmicos. A amostra clínica onde foi encontrada maior presença de cepas resistentes foi secreção traqueal representando 34%, seguida de urocultura com 19%, hemocultura com 11%, swab nasal e escara sacral com 7%, swab retal com 5%, ponta de cateter, secreção uretral e dreno torácica 3%, lavado brônquico, secreção vaginal e de tornozelo com 2%. Com relação ao local de internação 61% das amostras foram isoladas de Unidade de Terapia Intensiva, 28% de postos de atendimento, 5% de UTI neonatal e pediátrica e 1% da pediatria. O desenvolvimento desse trabalho possibilitará o monitoramento da ocorrência de cepas produtoras de carbapenemases, contribuindo para traçar ações preventivas no controle de infecções hospitalares provocadas por micro-organismos multirresistentes de interesse clínico.


Palavras-chave:  enterobacterias, resistencia, carbapenemicos