XXI ALAM
Resumo:712-1


Poster (Painel)
712-1Microbiota fúngica de misturas de cereais denominadas “ração humana” comercializadas no Brasil.
Autores:Erika Peluque (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Natalia Bressan Neres (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Marcelo Candido (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Juliana Cristina Baldin (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Tatiana Alves dos Reis (ICB - Universidade de São Paulo) ; Silvia Helena Seraphin Godoy (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Sabrina Ribeiro Almeida Queiroz (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Benedito Corrêa (ICB - Universidade de São Paulo) ; Ricardo Luis Moro de Sousa (FZEA/USP - Universidade de São Paulo) ; Andrezza Maria Fernandes (FZEA/USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Os fungos podem contaminar os cereais nas diferentes fases de produção e beneficiamento, desde o cultivo até o transporte e armazenamento. O clima tropical oferece condições ideais para o desenvolvimento dos fungos. Além disso, práticas agrícolas inadequadas de plantio, colheita, secagem, transporte e armazenamento de cereais e grãos favorecem a contaminação e o desenvolvimento de fungos. A microbiota fúngica predominante em cereais inclui, geralmente, os gêneros Aspergillus, Fusarium e Penicillium, os quais abrigam as principais espécies de fungos toxigênicos em alimentos. O objetivo do presente trabalho foi isolar e identificar a microbiota fúngica de misturas de cereais denominadas “ração humana” comercializadas no Brasil. Foram analisadas 105 amostras de 15 diferentes marcas e lotes, dentro do prazo de validade e produzidas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. As amostras foram semeadas em ágar DG18 e incubadas a 25°C por 5 dias. Após este período, as colônias foram submetidas a contagem e isoladas em ágar batata dextrose com cloranfenicol e incubadas a 25°C. A identificação foi efetuada pela técnica de microcultivo e microscopia, com classificação por gênero. Oitenta e uma amostras (77%) apresentaram crescimento de bolores. A contagem total de bolores variou de 1,0 a 4,6 log UFC/g, com média de 3,57 log UFC/g. Estes resultados demonstram a grande contaminação por bolores nas misturas de cereais analisadas. Alguns estudos têm encontrado fungos em cereais analisados isoladamente, com níveis semelhantes. Quanto à identificação, 67% das amostras apresentaram fungos do gênero Aspergillus; 32% de Cladosporium e 27% de Penicillium. Foram encontrados ainda 21% de fungos não esporulados; 6% de Trichoderma; 6% de Acremonium; 4% de Trichophyton; 4% de Rhizopus; 2% de Verticillium; 1% de Fusarium, 1% de Sporotrichum e 1% de Lecythophora. Pode-se notar que Aspergillus foi o gênero predominante nas amostras analisadas, sendo que a presença de gêneros possivelmente toxigênicos pode caracterizar risco à saúde humana. A contaminação encontrada no presente estudo reforça a necessidade de controle de qualidade na produção de misturas de cereais. Agência de Fomento: Fapesp e Capes


Palavras-chave:  Aspergillus, Bolores, Fungos, Microbiota