XXI ALAM
Resumo:702-1


Poster (Painel)
702-1Diversidade e atividade antimicrobiana de fungos associados à Macroalgas da Antártica
Autores:Valéria Martins Godinho (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Laura Esteves Furbino (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Iara Furtado Santiago (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Franciane M. Pellizzari (UNESPAR/FAFIPAR - Universidade Estadual do Paraná) ; Nair Sumie Yokoya (IBOT - Instituto de Botânica) ; Diclá Pupo Santos (IBOT - Instituto de Botânica) ; Carlos Augusto Rosa (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Luiz Henrique Rosa (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

O conhecimento sobre a diversidade de fungos associados à macroalgas do continente Antártico e a utilidade dos seus metabólitos secundários ainda é restrito. O presente trabalho teve como objetivo isolar e identificar fungos associados à macroalgas, bem como determinar a atividade antimicrobiana dos seus extratos. Nove espécies de macroalgas foram coletadas entre dezembro de 2010 e janeiro 2011, os fragmentos dos seus talos foram lavados com água do mar esterilizada e inoculados no meio Ágar Marinho. Após o crescimento, os fungos foram preservados na Coleção de Micro-organismos e Células da UFMG. Os fungos foram agrupados e identificados por meio de técnicas moleculares. Para determinar a atividade antimicrobiana, os fungos foram cultivados em Ágar marinho a 15 °C por 20 dias, em seguida o material contido na placa foi macerado e transferido para tubos de 50 mL, contendo Etanol, para extração dos metabólitos. O sobrenadante foi filtrado, transferido para frascos de cintilação e o inóculo foi seco em centrífuga a vácuo. A atividade antifúngica dos extratos foi avaliada pelo método de microdiluição em placa frente às bactérias Escherichia coli (ATCC 11775), Staphylococcus aureus (ATCC 12600) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 10145); leveduras Candida albicans (ATCC 60193) e Candida krusei (ATCC 6258) e o fungo filamentoso Cladosporium sphaerospermum (CCT 1740). Foram obtidos 137 morfotipos de fungos, os quais pertecem aos gêneros Cladosporium, Cryptococcus, Penicillium, Geomyces, Fusarium, Aspergillus, Thelebolus, Eurotium e Antarctomyces. Dois fungos (Acremonium strictum e Penicillium sp.) apresentaram atividade inibitória para C. krusei e C. sphaerospermum. Os resultados deste trabalho sugerem que macroalgas antárticas constituem um rico reservatório destes fungos associados, os quais podem representar novas fontes de moléculas bioativas.


Palavras-chave:  Antártica, Macroalgas, Fungos, Metabólitos