XXI ALAM
Resumo:676-1


Poster (Painel)
676-1CRESCIMENTO DO FUNGO PAECILOMYCES VARIOTII EM BIODIESEL PRODUZIDO A PARTIR DE OLIVA, SOJA E LINHAÇA
Autores:Juciana Clarice Cazarolli (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Caroline Meyer (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Rafael Guzatto (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Dimitrios Samios (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Maria do Carmo Ruaro Peralba (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Fátima Menezes Bento (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

A estrutura dos ácidos graxos presentes na matéria prima de procedência do biodiesel pode conferir ao combustível uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento microbiano durante o armazenamento. Juntamente com reações de natureza hidrolítica e oxidativa, esses fatores podem auxiliar a formação de polímeros solúveis e insolúveis, sob a forma de depósitos e borras, que geram entupimentos e perdas. Neste sentido, o objetivo do estudo é avaliar o crescimento do fungo deteriogênico de biodiesel, Paecilomyces variotii, em biodiesel produzido com matérias primas com diferentes frações de ácidos graxos insaturados (oliva, soja e linhaça). O experimento foi realizado em frascos de vidro com capacidade para 100 mL, constituído de 30 mL de meio mineral Bushnell-Haas e 15 mL de cada biodiesel (3 tratamentos), e foi adicionado inóculo com 104 esporos mL-1 do fungo Paecilomyces variotii. O experimento foi conduzido em triplicata para cada tratamento, sendo que as análises foram realizadas durante 120 dias. A cada 10 dias avaliou-se: formação de biomassa (peso seco); concentração de fosfatos disponível; produção de metabólitos pelo fungo (pH, tensão superficial e IE24(%). Foram analisadas as amostras até 60 dias e a maior biomassa formada na interface óleo-água ocorreu no biodiesel de Oliva (525 mg). Houve uma diminuição na concentração de fosfato em todos os tratamentos, inclusive no tratamento Controle. Os valores de pH da fase aquosa mantiveram-se dentro da faixa de neutralidade, não demonstrando nenhuma mudança significativa. As medidas de tensão superficial da fase aquosa reduziram os valores em 20%, enquanto os valores referentes aos índices de emulsificação não apresentaram variação. Os resultados apresentados indicaram que o biodiesel de oliva (maior concentração de éster oleico (18:1)) favoreceu o crescimento do fungo P. variotii em comparação aos demais óleos utilizados, nas condições estabelecidas para o ensaio.


Palavras-chave:  fungo, biodiesel, oliva, soja, linhaça