XXI ALAM
Resumo:667-2


Poster (Painel)
667-2Avaliação da resposta imunológica de macrófagos infectados por Ureaplasma diversum
Autores:Izadora de Souza Rezende (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Maysa Santos Barbosa (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Hellen Braga Martins (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Ewerton Ferraz Andrade (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Aline Teixeira Amorim (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Guilherme Barreto Campos (USP - Universidade de São Paulo) ; Mariluze Peixoto Cruz (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Regiane Yatsuda (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Jorge Timenetsky (USP - Universidade de São Paulo) ; Lucas Miranda Marques (UFBA - Universidade Federal da Bahia / USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Devido à enorme importância do setor agro-industrial para a economia do Brasil, é crescente a preocupação com as patologias que acometem os rebanhos e influenciam na fertilidade e, conseqüentemente, nas taxas de natalidade no mesmo. Dentre essas patologias estão algumas relacionadas com a infecção por Ureaplasma diversum. Durante essas infecções, há ativação da resposta imune inata, de células fagocitárias, ativação do sistema complemento pela via alternativa e produção de quimiocinas e citocinas. Esses fatores podem culminar na ativação de inflamossomas, que são plataformas moleculares ativadas após a infecção celular ou estresse que desencadeiam a maturação das citocinas pró-inflamatórias, como a IL-1β, que se engajam na resposta imune inata. Tendo em vista a importância dos macrófagos na proteção contra essas infecções, este trabalho tem como objetivo avaliar o perfil imunológico pela expressão de citocinas manifestado por macrófagos peritoneais após a infecção por Ureaplasma diversum. Para tanto, esses macrófagos foram cultivados e infectados com o Ureaplasma diversum, vivos e inativados por calor. Para tornarem-se inativos, foram submetidos a 100°C por 15 minutos. A infecção foi realizada inoculando o micro-organismo em células e incubando-as em estufa de CO2 úmida a 37°C por 24 horas. Após esse período foi coletado o sobrenadante para dosagem de citocinas e as células para extração de RNA para realização de PCR real time e verificação de expressão gênica de TLRs e vias de inflamossoma. Com o teste de ELISA foi possível observar uma elevada produção das citocinas IL-1β, TNF-α, IL-6 (pró-inflamatórias) e uma baixa produção de IL-10 (anti-inflamatória). O RNA extraído foi insuficiente para realização de PCR real time e serão repetidas novas infecções. Com análises posteriores, pretende-se elucidar os mecanismos de ativação do inflamossoma envolvidos na inflamação desencadeada pela infecção por U. diversum. Tais dados indicam que houve a manifestação de um perfil inflamatório desencadeado pela infecção. Além disso, não houve diferença significativa entre o perfil manifestado na infecção pelo micro-organismo vivo e o inativado por calor, indicando que, possivelmente, seja um componente de superfície que possa estar desencadeando o perfil inflamatório, independendo da viabilidade do mesmo.


Palavras-chave:  imunogenicidade, macrófagos, ureaplasma diversum