XXI ALAM
Resumo:650-1


Poster (Painel)
650-1Caracterização fenotípica e molecular das espécies fúngicas causadoras de peritonites em pacientes submetidos à diálise peritoneal ambulatorial contínua do Hospital das Clínicas da UNESP, Botucatu.
Autores:Juliana Giacobino (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Cristina Oliveira Bruder Nascimento (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Raquel Cordeiro Theodoro (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Severino Assis da Graça Macoris (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Thales Domingues Arantes (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Pasqual Barretti (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Jacqueline Costa Teixeira Caramoni (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Augusto Cesar Montelli (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Eduardo Bagagli (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

As peritonites são sérias e frequentes complicações em pacientes submetidos à terapia de reposição renal por diálise peritoneal, principalmente na diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC). As infecções por fungos, embora menos frequentes que as bacterianas, estão associadas a uma maior taxa de morbidade e mortalidade, e normalmente tornam impossível o programa de diálise peritoneal devido à necessidade de remoção do cateter. Embora Candida albicans seja a espécie mais comum causadora de peritonites, nos últimos anos, Candida parapsilosis tem sido retratada como a espécie predominante nos pacientes que recebem DPAC, além de outras espécies menos frequentes, incluindo as pertencentes a outros gêneros não Candida. O presente trabalho visou conhecer e caracterizar a epidemiologia das peritonites fúngicas em pacientes submetidos à DPAC do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Até o momento, foram avaliadas 30 amostras de leveduras isoladas de episódios distintos de peritonites associadas à DPAC. As amostras foram cultivadas em placas contendo Sabouraud Dextrose Agar, logo após foram semeadas em meio chromogênico para identificação preliminar, e então identificadas pelo método morfofisiológico de assimilação de carboidratos (Auxanograma), bem como por sequenciamento de DNA (região ITS1-5.8S-ITS2), e em casos conflitantes pelo sequenciamento da região D1/D2 do rDNA. Enquanto a identificação pela morfofisiologia indicou Candida parapsilosis (n=14), Candida albicans (n=7), Candida tropicalis (n=6), e inconclusivas (n=3), a técnica molecular confirmou a identidade da maioria dos isolados previamente identificados pela morfofisiologia e “atualizou” a identificação de algumas amostras que foram previamente identificadas como Candida parapsilosis para Candida orthopsilosis (espécie críptica), além disso, possibilitou identificar os isolados previamente inconclusivos. Dentre as 30 amostras estudadas observaram-se que: Candida parapsilosis (n=10), Candida orthopsilosis (n=5), Candida albicans (n=7), Candida tropicalis (n=6), Candida guilliermondii (n=1) e Kodamaea ohmeri (n=1). Isto sugere que diferentes formas de aquisição destas infecções devem estar ocorrendo nestes pacientes, e que o prognóstico também pode ser diferente para cada espécie, reforçando a necessidade de uma correta identificação destes agentes.


Palavras-chave:  peritonites, fungos, Candida, DPAC