XXI ALAM
Resumo:634-2


Poster (Painel)
634-2Perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos de cepas de Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis isoladas no Rio de Janeiro
Autores:Rosana Rocha Barros (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Glauber Pacheco Arêas (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Amanda Ribeiro Santos (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Selma Romeu Souza (GRUPO FLEURY - Grupo Fleury)

Resumo

Introdução: Os estreptococos beta-hemolíticos, pertencentes aos grupos C e G, isolados de seres humanos, são classificados como Streptococcus dysgalactiae subsp. equisimilis. Assim como Streptococcus pyogenes, é considerado um patógeno humano, associado a casos de faringite, além de infecções em sítios estéreis. O antibiótico de escolha para o tratamento de infecções causadas por S. dysgalactiae subsp. equisimilis é a penicilina. Porém, em casos de pacientes alérgicos, as alternativas terapêuticas são macrolídeos, lincosamídeos ou fluoroquinolonas. Contudo, alguns estudos relatam resistência desta espécie a estas classes de antimicrobianos. Materiais e métodos: Este estudo avaliou a susceptibilidade de 39 cepas isoladas de espécimes clínicos humanos, entre os anos de 2008 a 2011, aos principais antimicrobianos utilizados no tratamento de infecções estreptocócicas. As cepas resistentes aos macrolídeos foram submetidas à determinação da concentração inibitória mínima (CIM), e à investigação dos fenótipos (M, MLSBc e MLSBi) e genótipos (ermA, ermB e mefA/E) de resistência aos macrolídeos. Resultados: No teste de difusão em agar todas as cepas foram sensíveis à ceftriaxona, levofloxacina, penicilina e vancomicina. Oito cepas (20,5%) foram resistentes à eritromicina, sendo duas destas também resistentes à clindamicina, apresentando o fenótipo MLSBc. As demais cepas apresentaram o fenótipo M. Dezesseis cepas (41,0%) não foram suscetíveis à tetraciclina. A CIM de eritromicina variou entre 0,5 a >256 g/mL. Uma cepa resistente pelo método de difusão em agar apresentou CIM compatível com intermediário, portanto, a taxa de resistência à eritromicina foi 18%. Em cinco cepas que apresentaram o fenótipo M foi detectado o gene mefA/E e em uma a combinação ermA, mefA/E. Em uma cepa com fenótipo MLSBc observou-se o gene ermA. Em uma cepa que também apresentou o fenótipo MLSBc nenhum dos genes investigados foi detectado. Discussão: Neste estudo a resistência aos macrolídeos foi associada a diferentes determinantes genéticos e mostrou-se preocupante devido à importância desta classe de antimicrobiano como terapia alternativa à penicilina. Diante deste fato, o contínuo monitoramento da resistência aos macrolídeos faz-se necessário, assim como a veiculação de tais dados na comunidade científica com o objetivo de prover dados aos médicos locais para a escolha da melhor conduta terapêutica.


Palavras-chave:  Streptococcus do Grupo C, Streptococcus do Grupo G, Resistência aos antimicrobianos