XXI ALAM
Resumo:634-1


Poster (Painel)
634-1Avaliação do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e caracterização da resistência aos macrolídeos entre amostras de Streptococcus pyogenes
Autores:Felipe P. Gonçalves Neves (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Rosana Rocha Barros (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Glauber Pacheco Arêas (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Nivea Aurora Suhet (GRUPO FLEURY - Grupo Fleury)

Resumo

Introdução: Streptococcus pyogenes ou estreptococo do grupo A (EGA) é responsável por uma variedade de infecções com diferentes graus de morbidade e sequelas não supurativas. Os membros dessa espécie são naturalmente susceptíveis à penicilina, entretanto, pessoas alérgicas a essa droga são tratadas com outras classes de antimicrobianos, como os macrolídeos e os lincosamídeos, para os quais tem aumentado as taxas de resistência nos últimos anos. Diferentes fenótipos e genótipos de resistência aos macrolídeos são observados entre EGA. Este estudo teve como objetivo a investigação da susceptibilidade aos antimicrobianos entre 99 amostras de S. pyogenes isoladas a partir de secreção de orofaringe (89) e outras secreções (10), no período de 2008 a 2012, bem como a caracterização daquelas resistentes aos macrolídeos. Materiais e métodos: As amostras foram submetidas aos testes fenotípicos recomendados para a identificação da espécie e a susceptibilidade aos antimicrobianos foi feita através do método de difusão em ágar. As amostras resistentes aos macrolídeos foram submetidas à determinação dos fenótipos de resistência (MLSBc, MLSBi ou M), e à determinação da concentração inibitória mínima (CIM) para eritromicina. Resultados: Pelo método de difusão em ágar as amostras foram susceptíveis à ceftriaxona, levofloxacina, penicilina G e vancomicina. Porém, observou-se 14,1% de resistência à eritromicina e à clindamicina e 19,1% à tetraciclina. Foram observadas amostras intermediárias à tetraciclina (2%) e à eritromicina (1%). Os fenótipos de resistência a macrolídeos foram o MLSBc (11) e o MLSBi (4). Pelo método de diluição em ágar, observou-se valores de CIM para eritromicina entre 8 e > 256 µg/ml. Todas as amostras resistentes e intermediárias à eritromicina por difusão em ágar apresentaram CIM compatível com resistência, elevando para 15,1% o total de amostras resistentes a este antibiótico. Discussão: A taxa de resistência à tetraciclina apresentou-se inferior à relatada em estudos anteriores conduzidos nesta mesma região geográfica, o que pode ser reflexo do reduzido uso deste antimicrobiano. Porém, chama a atenção o elevado número de amostras resistentes à eritromicina com o fenótipo MLSB, o que inviabiliza o uso de macrolídeos e lincosamídeos no tratamento de infecções por EGA.


Palavras-chave:  Streptococcus pyogenes, Resistência aos macrolídeos, Susceptibilidade a antimicrobianos