XXI ALAM
Resumo:625-1


Poster (Painel)
625-1Atividade antifúngica de Solanum seaforthianum ao fitopatógeno Moniliophthora perniciosa
Autores:Flávio Rocha (ESALQ - USP - Escola Superior de "Agricultura Luiz de Queiroz" - USP) ; Jorge Henrique Custodio (ESALQ - USP - Escola Superior de "Agricultura Luiz de Queiroz" - USP) ; Luiz Humberto Gomes (ESALQ - USP - Escola Superior de "Agricultura Luiz de Queiroz" - USP) ; Simone Possedente de Lira (ESALQ - USP - Escola Superior de "Agricultura Luiz de Queiroz" - USP)

Resumo

O cacaueiro (Theobroma cacao L.), planta que produz sementes de grande valor econômico industrial, é altamente susceptível a doença vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa. Doença que fez o Brasil passar de exportador à importador do produto. Os métodos atuais de controle desta doença são onerosos ou apresentam algum risco ao ecossistema, motivo pelo qual se faz necessário a busca por mais alternativas. A literatura relata que diferentes metabólitos secundários de plantas da família Solanaceae possuem atividade antifúngica. A biodiversidade florística brasileira é considerada como fonte promissora na busca de compostos bioativos de interesse agronômico, área ainda pouco explorada pela comunidade científica. Portanto, este trabalho objetiva explorar o potencial biológico e químico de metabólitos secundários, produzidos pela solanácea Solanum seaforthianum, que apresentem atividade antifúngica à M. perniciosa. Para isto, folhas de S. seaforthianum coletadas em campo foram utilizadas para obtenção de um extrato bruto aquoso e sua atividade antifúngica “in vitro” à M. perniciosa, na fase saprofítica, apresentou 100% de inibição. O extrato bruto foi, então, particionado com n-butanol. A fração n-butanólica, por sua bioatividade, foi fracionada por cromatografia em coluna Sep-Pak de sílica derivatizada com grupos C18 e gradiente de água em metanol, gerando 11 frações. Destas, três frações mostraram-se bioativas e foram analisadas quimicamente por cromatografia em camada delgada (CCD) e espectrometria de massa (EM). A análise em CCD, lido em luz UV e revelado com reagente Dragendorff, mostrou que as frações bioativas apresentavam-se semipuras e ausentes de alcalóides. A literatura relata que compostos dessa classe química podem apresentar atividade antifúngica. Já as análises obtidas por EM, em modo positivo, exibiram íons de massa/carga (m/z) semelhantes entre as frações, e nenhum destes pode ser identificado por busca em banco de dados, possivelmente por se tratarem de compostos inéditos. Concluí-se que em S. seaforthianum há composto(s) de atividade antifúngica promissora contra M. perniciosain vitro”; A metodologia mostrou-se adequada para isolamento do composto(s) bioativo; Mais etapas são necessárias para: purificação do composto(s), elucidação estrutural por métodos espectroscópicos, e comprovação da bioatividade do composto puro.


Palavras-chave:  Cacau, Metabólito secundário, Moniliophthora perniciosa, Solanaceae