XXI ALAM
Resumo:622-2


Poster (Painel)
622-2EFEITOS PROBIÓTICOS DO TRATAMENTO ORAL COM Bifidobacterium longum 51A EM CAMUNDONGOS SWISS NIH
Autores:Tássia Costa Souza (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Nayara Lane Gomes Oliveira (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Maurício Teixeira Lima (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Raphael Steinberg Silva (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Rosa Esteves Arantes (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Danielle Alves Gomes (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Jacques Robert Nicoli (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

Probióticos podem ser definidos como micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem beneficio à saúde do hospedeiro. Entre os micro-organismos mais frequentemente utilizados nas preparações probióticas destacam-se as bifidobactérias. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o tratamento oral com Bifidobacterium longum 51A em camundongos Swiss NIH desafiados e não desafiados com Salmonella enterica sorovar Typhimurium. No primeiro experimento, camundongos do grupo experimental receberam, por via intra-gástrica, um inóculo diário de 108 UFC da bifidobactéria suspensa em salina, por 10 dias consecutivos; enquanto que os animais do grupo controle receberam salina esterilizada durante o mesmo período. Após o tratamento, os animais foram sacrificados e avaliados quanto à segurança (ganho de peso, índices hepático e esplênico e, análises histológicas do íleo e cólon); e determinação dos níveis de imunoglobulinas secretadas do tipo A (sIgA) totais no conteúdo intestinal e do tipo IgM no soro. No segundo experimento, foi avaliado o efeito do tratamento com B. longum 51A no desafio experimental com S. Typhimurium. Após o tratamento por 10 dias, os animais foram desafiados com uma dose de 104 UFC do patógeno. Foram avaliados a mortalidade em decorrência da infecção, o efeito nos níveis de sIgA total e IgM no conteúdo intestinal e soro, respectivamente e, os aspectos histológicos do fígado, íleo e cólon dos animais infectados. O tratamento com B. longum 51A não causou nenhum efeito adverso na saúde dos camundongos e exerceu uma estimulação na resposta humoral, pelos aumentos dos níveis de sIgA no conteúdo intestinal e IgM no soro (P<0,05). Entretanto, não foi capaz de proteger contra a infecção por salmonela. Observou-se uma pequena proteção nos primeiros dias de infecção, mediante estimulação da produção de sIgA após três dias de desafio, o que condiz com o discreto retardo no tempo de morte dos animais tratados e com a avaliação histológica. Após nove dias de infecção, com o tratamento, os intestinos ficaram mais preservados e o fígado apresentou discreta proteção. Estes resultados mostram que esta linhagem tem potencial para ser usada como probiótico; entretanto, é necessário compreender melhor os mecanismos envolvidos nos efeitos benéficos demonstrados, para otimização do seu uso.


Palavras-chave:  Probióticos, Bifidobacterium, Imunomodulação