XXI ALAM
Resumo:618-1


Poster (Painel)
618-1Resistência a antimicrobianos entre amostras de Streptococcus agalactiae isoladas de bacteriúria significativa
Autores:Rôde Beatriz Schuab (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Viviane Carvalho Souza (FLEURY - Grupo Fleury) ; Rosana Rocha Barros (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo

Introdução: Estudos recentes apontam Streptococcus agalactiae (EGB) como uma causa subestimada de infecção do trato urinário, especialmente em mulheres. Penicilina é o antibiótico de escolha para o tratamento de infecções por EGB, porém já foram relatadas cepas resistentes a este antibiótico, bem como crescente taxa de resistência aos macrolídeos e lincosamídeos, alternativas terapêuticas para pacientes alérgicos à penicilina. Esse estudo investigou os perfis de resistência aos antimicrobianos entre 100 amostras isoladas de urina contendo mais de 100.000 UFC /ml oriundas de pacientes atendidos em uma rede de laboratório de análises clínicas no período de outubro de 2010 a março de 2011. Materiais e Métodos: As amostras foram submetidas à identificação fenotípica através dos testes de CAMP e hidrólise de hipurato de sódio. Amostras com resultados discrepantes tiveram identificação confirmada por caracterização sorológica em kit comercial. O comportamento frente aos antimicrobianos recomendados foi avaliado pelo método de difusão em agar de acordo com as normas do CLSI. Amostras que apresentaram resistência a eritromicina foram submetidas à determinação da concentração mínima inibitória (CIM) por teste epsilométrico. Resultados: Pelo método de difusão em agar, observou-se 70% de resistência à tetraciclina. Entre amostras intermediárias (2) e resistentes (8) à eritromicina foram encontrados os fenótipos de resistência M (1), MLSBi (4) e MLSBc (5). Uma amostra foi resistente somente à clindamicina, caracterizando o fenótipo L. A CIM de eritromicina variou entre 1 e >256μg/ml. Valores mais elevados de CIM foram observados em amostras com fenótipo MLSBc. Amostras intermediárias pelo método de difusão em agar apresentaram CIM compatível com resistência, assim como a amostra sensível à eritromicina e resistente à clindamicina. Considerando a CIM como método padrão para determinação da susceptibilidade a antimicrobianos, a resistência à eritromicina foi 11%. Conclusão: A taxa de resistência à tetraciclina manteve-se alta, como observado em estudos anteriores, ratificando o uso desaconselhável deste antibiótico. Além disto, os resultados atentam para a importância da contínua vigilância do perfil de suscetibilidade de EGB aos antimicrobianos, em especial macrolídeos, em virtude das significativas taxas de resistência observadas.


Palavras-chave:  Bacteriúria, Resistência a antimicrobiano, Streptococcus agalactiae